Digimon Tamers 00 Zero Zero – Capítulo 16
[Confusões e Encontros]




Enquanto os eventos dentro do prédio da Hypnos deixavam o estado mais caótico, a vida em Shinjuku seguiu normalmente.

O dia seria longo.

野海恵子小学校 (Escola de E. F. Keiko Nokai)

時間: 07:30 AM

Mais um dia na escola

O início das aulas naquela manhã de fim de inverno no Japão já tomavam força.

Meikume caminhava tranquilamente pelos corredores da escola de ensino fundamental.

Sorridente, ela fez isso para disfarçar o nervosismo de estar expondo Meicoomon para todos sem levantar suspeitas.

A digimon, imóvel, segurava com força o caderno da menina, fingindo ser uma mochila de verdade.

それにもかかわらず (Entretanto)...

教室 (Sala de aula) 6A(6° ano | Turma A)

 Digimon Tamers Web Novel Cap%C3%ADtulo 16 1 Online em Português PT-BR

A felina levou muito a sério sua “missão” de proteger o material escolar de sua domadora.

— Larga o caderno, Meicoomon! — Meikume puxava o utensílio, mas sem sucesso.

— Você dixe pra não soltar por nada desse mundo! — Meicoomon manteve o utensílio preso.

— Mas não agora! Larga! Já estamos na sala!

— Não! Eu vou te obedecer! — a felina não soltou.

— Então larga! Aí você vai me obedecer de novo!

— Uh... Tá bom… — disse, soltando o caderno.

Meikume, por estar forçando, assim que Meicoomon soltou, a jovem quase foi ao chão, sendo amparada por sua melhor amiga.

Ela tinha acabado de entrar na sala.

— Oi, Mei… — disse a garota, sorrindo para Meikume.

Oi, Makoto!

— Oi, Makoto! — repetiu Meicoomon, também saudando a menina.

— Hã?! — Makoto olhou para Meicoomon, cética e incrédula do que tinha acabado de acontecer. — Eu ouvi errado ou essa mochila me cumprimentou?!

Meikume se viu em maus lençóis, ficando bastante sem jeito.

Em uma ironia do destino, a garota era bem criativa e, pensando muito bem no que iria falar, se saiu bem:

— Ah... Bem... — Meikume divagou, tendo uma ideia salvadora. — É que... Ah, sim! É minha mochila nova! Tem o formato da Meicoomon e também um sistema de reconhecimento de voz!

— Sério? Caramba! Deixa eu ver… — Makoto estendeu sua mão, tentando apalpar a mochila.

— Não, não! — a domadora a impediu, segurando sua mão. — Vai gastar a bateria e...

Meikume não esperava que Meicoomon iria deixar a oportunidade passar.

A própria felina fofa não ficou calada e entrou na brincadeira, dentro da ideia de sua domadora.

Makoto é uma menina bonita.

— Ah! Que fofinha! Você programou pra ela dizer o meu nome!

— Programei?! — a menina ficou totalmente confusa — É... Eu programei sim! Hehe…

Makoto adorou a novidade. Tanto que foi logo usar da “mochila inteligente”.

— O que você pode falar mais de mim, Meicoomon?

— Amiga da Mei... é amiga da Meicoomon também, nyah!

— Oh, meu Deus! Que fofa! Dá vontade de te levar pra casa! — disse, quase a abraçando. — Meikume, onde você comprou essa mochila?

— Bem... Eu... — a menina não sabia o que fazer. Ela ficou pensativa. —

Para com isso, Meicoomon! Ela vai descobrir!”

Mas Meicoomon não parou:

— Made in China! Nyah! — a digimon respondeu a pergunta da Makoto.

— Essa sua mochila não para de ser fofa! Até isso ela respondeu!

— É... Última tecnologia de comando de voz... — Meikume estava quase surtando —

O que que eu vou fazer pra ela ficar calada?!”

Mas só piorou: logo vários alunos começaram a se amontoar para ver a “mochila” fazer seu show de fofura:

— ♪Digimon, digitais, digimons... São campeões!♪ — cantarolou Meicoomon, de um jeito ainda mais fofo.

— Nossa, Mei... Ela até canta! — a amiga de Meikume estava encantada com a novidade. — É uma explosão de fofura uma atrás da outra!

Isso não só fez com que Makoto ficasse ainda mais interessada como chamou a atenção dos demais alunos.

A “mochila” Meicoomon estava fazendo sucesso, para desespero de Meikume:

— “Como vai ser?! Como vai ser?! Para com isso, Meicoomon!”

As coisas ficaram escalonadas: a felina tomou gosto pela atenção chamada e ampliou seu

repertório de fofurice.

— Previsão du tempo: céu azul, sol forti e ventos bem fresquinhos o dia todo! Nyah!

Os alunos estavam indo à loucura... e a Meikume também.

A jovem estava pensando muito a frente, imaginando até onde poderia ir.

— “Isso não vai dar bom! Eu tenho que parar a Meicoomon antes que eles descubram que ela é real!”

A verdade era que Meicoomon estava tão feliz e interativa que não parava. Se conter não era uma opção.

Não era mesmo, do ponto de vista dela.

Diário da Mei...

— O que?! Diário?! — confusa, Makoto perguntou. — Você programou o seu diário na mochila?

— Programei?! — Meikume, a seu modo, já estava surtada.

E a digimon continuou:

— Dia 20 de fevereiro de 2006: Hoje conheci um menino que eu gamei. O nome dele é...

Antes que Meicoomon dissesse aquilo, Meikume interveio e tapou a sua boca, ao mesmo tempo que disse:

— Hora de desligar pra não gastar bateria dessa “mochila” tagarela!

— Pera... Quem é o menino? — Makoto estava curiosa.

— Não tem menino nenhum! NENHUM! — gritou Meikume, puxando a “mochila”.

— Mas sua mochila... Ela ia falar quem era!

— NÃO IA NÃO! — ela gritou ainda mais alto e mais histérica. — NÃO TEM MENINO! NÃO TEM!

Mesmo com as tentativas atabalhoadas da jovem, o estrago já estava feito.

Por sorte, os alunos debandaram após a professora entrar na classe, dando início a aula.

Muito bem… Vão para suas carteiras!

Sem perderem tempo, os estudantes do último ano escolar tomaram seus lugares, com a ordem voltando ao ambiente.

E Meicoomon, chateada, recebeu um “turn off” forçado.

Odeio ser mochila!

Fica quieta!

Nyah…

Era mesmo uma mochila especial.

時間後 (horas depois)...

別の場所で(Em um outro lugar)...

新宿国際高校 (Colégio de E. M. Int. de Shinjuku)

時間: 12:00 PM

Na hora do intervalo.

A tarde começou.

Com isso, era de praxe as instituições de ensino do Japão liberarem seus alunos para um intervalo de uma hora para almoçarem.

No colégio de ensino médio internacional havia muitos estudantes de várias nacionalidades.

A troca cultural era uma característica ímpar no local, trazendo várias facetas.

Contudo, o ano letivo, no que diz respeito aos ritos e manifestações nacionais, eram mantidos.

Ou seja, os costumes japoneses continuavam sendo respeitados.

O local, bem amplo e cheio de mesas e cadeiras, tinha uma ventilação natural, já que janelas abertas naquela época do ano ajudavam na respiração.

Como aspecto midiático, alguns alunos acompanhavam em um telão de plasma de última geração, que estava suspenso no salão, as Olimpíadas de Inverno de Turim. O Japão era participante assíduo do evento.

Como de costume, Lee sempre se reunia com Jannet no refeitório do colégio.

Por lá, os dois ficavam conversando praticamente sobre qualquer coisa.

 Digimon Tamers Web Novel Cap%C3%ADtulo 16 2 Online em Português PT-BR

Comendo um sanduíche, sua amiga americana falava:

Hey, guy... Qual o seu problema?

— Ah... O que foi? — comentou Lee, olhando para um livro.

— Você está meio aéreo. Estou conversando com você, mas parece que ligou o piloto automático...

— Ah, nada não… — ele fechou seu livro, voltando suas atenções para a jovem. — Jannet, posso te fazer uma pergunta?

— Of course! O que quer saber? — ela terminava seu sanduíche.

— Vocês, lá nos Estados Unidos... em 2001, como estavam?

Hm... De que época em si?

Lee, sem rodeios, foi direto ao ponto:

Você soube do Matador?

— Matador?! Você quer dizer D-Reaper, não?

— Deve ser assim que vocês chamaram então... Bem, sim. Isso mesmo.

— Lee, coisas ruins aconteceram em 2001 nos States… — seu olhar melancólico trouxe à tona más lembranças.

O rapaz percebeu isso:

— Ah, desculpa! Olha, eu sei bem que teve aquele ataque terrorista, mas eu estava falando de outra coisa!

— Ah, relax, man! — ela o tranquilizou, voltando ao assunto. — Mas eu não entendi porque você veio com esse assunto assim, do nada.

— Quero saber se você viu digimons por lá!

Ah, sim... Yep. Eu vi sim.

Isso mudou a forma com que Lee interpretou a conversa.

Eu nunca te perguntei isso, sabe?

E por quê só agora?

É que tive essa curiosidade…

— Ok, respondendo melhor: eu vi alguns... Mas faz pelo menos uns… — ela indagou, após pensar bem. — Há cinco anos que eu não vejo um. Ou seja, desde 2001.

Então você acredita que existem…?

— Existiam, né? — a americana foi incisiva nessa afirmação.

Hm... Não exatamente.

What? O que quer dizer?

— Tá... Vem comigo! — disse, segurando na mão da jovem americana e se levantando da mesa.

Mas… pra onde?!

Só vem... Confie em mim.

A pressa de Lee gerou curiosidade em Jannet, que aceitou segui-lo.

Mas não foi só disso que ela gostou:

— Sabe, sentir sua mão na minha me faz ficar muito feliz.

Hã? Por quê?

— Estamos mais íntimos assim… — o flerte foi direto e certeiro.

O rosto corado do rapaz trouxe um sorriso no rosto da loira.

Juntos, caminharam para fora das dependências do colégio

数分後 (minutos depois)...

 Digimon Tamers Web Novel Cap%C3%ADtulo 16 3 Online em Português PT-BR

Momantai!

— AHHH! — gritou Jannet, abraçando Terriermon. — You are so cute!

No parque do colégio, onde era longe do prédio principal, Lee mostrou a Jannet seu amigo digimon.

O jovem, já mais à vontade, disse:

— Eu pensei que você teria medo ou coisa do tipo. Vejo que estava enganado.

— Medo dessa fofurinha aqui? Impossible!

— Nem eu tive medo dela, Lee! — disse Terriermon, sendo acariciado nas orelhas pela jovem.

O domador, sorridente, tomou a palavra:

— Ah, Jannet... Guarda esse segredo, tudo bem? Eu não quero que saibam que digimons voltaram ao nosso mundo.

— Don't worry! Está seguro seu segredo, okay?

Só que aquilo para Jannet era uma novidade.

E, por causa disso, queria saber mais.

Por que você escondeu ele?

— Jannet, é por isso que eu te apresentei ao Terriermon. Para saber mais dos digimons pelo mundo.

— Ah... I understand now. Você quer sair do elo perdido de que “só no Japão tem invasões”... — ela brincou, ficando de pé com Terriermon sobre sua cabeça. — Yankees também tem esse pensamento, you know?

— Ok... Deixando isso de lado, como foi a presença de digimons por lá?

— Well... As autoridades americanas diziam que eram uma ameaça e… — ela interrompeu suas palavras, como se estivesse com dúvidas.

O que foi?

Jannet, demonstrando-se incomodada com o assunto, lutou contra seus temores e falou:

— Lee, vou ser bem sincera: os digimons só foram vistos quando o D-Reaper apareceu em Manhattan... Lembro que vi pela TV a expansão daquela coisa enquanto os repórteres mostravam os digimons atacando aquele monstro.

— Atacando?! — a surpresa do jovem foi muita.

Até Terriermon se surpreendeu:

— Nossa... Então eles também estavam lutando contra o Matador?!

— Não sei de nada disso... Eu só tinha dez anos — comentou a garota, recordando a seguir. — But wait... Agora que eu parei pra pensar... Por que você me mostrou o Terriermon?

Lee ficou em silêncio.

O rapaz, pelo que se podia esperar, pareceu não entrar em detalhes, fugindo do olhar fixo da jovem.

— I mean, tem um digimon aqui agora interagindo comigo! Lee... Está acontecendo aquilo outra vez?!

— Calma, Jannet. No momento está tudo bem. Eu só te trouxe aqui pra saber como as atividades com digimons aconteceram nos Estados Unidos.

Receoso em dar mais detalhes, Lee escolheu ser mais cuidadoso e não mostrar todos os pontos críticos.

— Pelo visto, cada país teve efeitos diferentes... e talvez nem digimons foram vistos do mesmo jeito.

But why? Qual seu objetivo?

— Investigar... — Lee a situava, tentando marcar uma

linha temporal. — Você sabe o que houve aqui a cinco anos atrás, não?

— O mesmo que no mundo, you say?. Mas o que tem? Quem se envolveu com aquilo resolveu tudo, não?

— Sim... E eu, junto com o Terriermon, tivemos envolvimento direto.

Os olhos azuis, arregalados, de Jannet deixaram exposto sua surpresa.

— WHAT?! Como assim? — ela bradou, desta vez mais alto que antes.

O voar dos pássaros em volta foi um componente simbólico da imensa surpresa que Jannet esboçou.

Mesmo o clima agradável não foi o suficiente para manter a jovem fria. Pelo contrário.

— Eu e Lee lutamos juntos! — Terriermon, ainda sobre a cabeça de Jannet, respondeu.

— Vocês lutaram contra o D-Reaper?! Lee, isso é sério?!

— Sim, Jannet... — com cuidado, o domador escolheu bem o que iria dizer. — Mas eu não fiz isso sozinho.

O choque foi visível nos olhos de Jannet. Ela deu um passo para trás, tentando digerir a informação.

— Você... enfrentou o D-Reaper?! De verdade?! — disse, quase sem acreditar.

Lee precisou explicar melhor a história para sua amiga.

E algo mais… recente.

— Na noite passada um digimon apareceu e nos atacou, Jannet.

O surto da jovem foi imediato.

— What the hell is that?! — a exclamação alta da americana ecoou pelo local todo.

Ele teria bastante o que dizer… e explicar.

A tarde se iniciava a mil por hora.


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