Digimon Tamers 00 Zero Zero – Capítulo 14
[O dia seguinte em
Shinjuku]
Os acontecimentos da noite na cidade foram emocionantes.
Takato, Lee e Ruki partiram à procura de Gigimon, Gummymon e Pokomon pelas ruas escuras de Shinjuku a fim de encontrarem seus amigos digimons.
Chegando ao galpão da fábrica abandonada Kojou, lá os encontraram e também um inimigo, Bulkmon.
Disposto a lutar e a eliminá-los, o digimon quase conseguiu, mas não contava com a milagrosa digievolução, trazendo de volta Guilmon, Terriermon e Renamon, os três digimons lendários.
Foi uma noite cheia de nostalgia, mas alguém estava à espreita na escuridão.
— Destino... Então é isso.
Aquela voz, inaudível, proferida à espreita no fronte de batalha, carregava consigo ainda mais mistérios.
Por fim, os eventos prosseguiram. A noite ainda guardava nuances.
時間後 (horas depois)...
新宿広場 (Praça de Shinjuku)
時間 : 10:00 PM
Já era bem tarde para adolescentes estarem fora de casa, mas o trio ignorou totalmente esse detalhe.
Também não era para menos, já que depois de tanto tempo haviam retornado a ação.
Por tradição, a casinha do parque era o ponto de encontro dos domadores mas, como sabemos, o lugar foi reformado e fechado, servindo agora como um armazém dos agentes de limpeza e manutenção da praça.
Sendo assim, o sexteto se abrigou em uma clareira no meio da vegetação mais alta do lugar, para evitar serem vistos.
A conversa então seguiu, sem rodeios.
No meio dela, Ruki deixou claro o tom da conversa:
— Então é assim que está o digimundo?!
Foi a mesma reação dos demais.
Renamon foi quem lhes disse.
E continuou:
— O fim do Matador trouxe consigo muitas divisões por lá. Por causa do que aconteceu quanto aos Deva, muitos digimons se tornaram seguidores de Zhuqiaomon.
— Mas... Como isso aconteceu? — perguntou Lee. — E por qu ê ? Zhuqiaomon tinha suas opiniões, mas pelo menos uniu forças com o Sheglongmon.
— Talvez pelas palavras e pensamentos que Zhuqiaomon tinha acerca da evolução e sua importância... — continuou a raposa. — Vocês se lembram que acabamos lutando contra ele.
— Sim, mas... — retrucou Lee. — Eu pensei que todos sabiam que o Gulumon havia influenciado o que ele pensava.
— Grani não me disse mais coisas.
Desta vez, tomando a frente, Takato ficou curioso:
— O que aconteceu com o Grani?
— Não sabemos… — a resposta veio de Terriermon. — Mas acho que ele se sacrificou por nós.
— Gigimon disse isso, mas eu não acreditei… — Takato, ainda confuso, expôs seu ceticismo.
Uma pausa ocorreu.
Tanto os domadores e seus amigos digimons refletiram bem o momento conturbado que foi relatado pela raposa.
Toda aquela batalha pela sobrevivência dos dois juntos foi proveitosa ou só um lampejo de esperança?
Guilmon, com sua inocência, manteve a chama acesa.
— Takato… Grani vive na gente agora!
— O que?! — o jovem arregalou os olhos. — Como assim, Guilmon? Grani não se fundiu a você enquanto éramos o Dukemon?
Renamon tomou a palavra logo que ouviu Matsuda falar.
Ela precisava dar uma notícia:
— Algo aconteceu e ele ressurgiu… — ela de sviou seus olhos assim que falou.
— Hã?! Mas como assim? — Ruki também tinha dúvidas. — Se ele se fundiu ao Dukemon, como poderia voltar?
Inconsistências no fluxo expuseram fragmentos de lembranças.
Por mais que isso pareça confuso, era simples de perceber.
A volta dos digimons ao digimundo após a cisão no mundo real trouxe reações no desenrolar dos acontecimentos no mundo digital.
Renamon, de braços cruzados e olhando para o céu estrelado daquela noite fria, pincelou um pouco mais do cenário.
— Não conseguimos evoluir e estávamos correndo perigo… Grani repartiu seu poder e doou para que nos mantivesse com força suficiente para chegarmos até uma passagem para o mundo real.
— Minha nossa... — falou Lee, pensativo.
Mas não havia terminado.
Renamon continuou com as informações.
— Qinglongmon... Ele se tornou a segunda força no digimundo e rival de Zhuqiaomon. Embora eles não incentivassem digimons a guerrear, algo fez com que os dois lados lutassem entre si.
— E o que aconteceu com o digimundo após essa divisão? — perguntou Ruki.
— Grani não me disse... e isso é tudo que sabemos.
Aquilo, para os jovens, era abstrato demais.
Intrigas no digimundo despertaram mais curiosidade no trio de domadores.
— Mas então… — Lee tinha mais dúvidas. — O Bulkmon disse coisas como “vingança”... e ele parecia que queria que estivéssemos lá. Por que isso? E como ele apareceu aqui?
Renamon respondeu, mas na defensiva:
— Ouvimos as mesmas coisas de todos os digimons que tinham o interesse de nos atacar durante nossa fuga para o mundo real.
O comentário da raposa não era o suficiente para Lee, que insistiu.
E esse seu desejo foi percebido pelos demais domadores.
— Mas por que?!
— Eu não sei… — a raposa travou seu olhar ao do jovem.
— Nenhum deles disse o motivo? — ele manteve o fitar, como se a encarasse.
Renamon olhou de uma forma não muito confortável para Lee, onde Ruki interveio:
— Chega, Lee! Nós já sabemos de tudo que eles poderiam nos dizer.
— Ah, é verdade... — ele se conteve, respirando fundo. No fim, foi complacente. — Me desculpe, Renamon. Eu realmente estava preocupado.
Como sempre fez, Terriermon subiu em Lee, lhe dizendo:
— Momantai, Lee! A Renamom só tá sendo sincera com tudo.
E Takato, abraçado a Guilmon, Indagou:
— Tá, mas... E agora? Estamos juntos novamente e na certa virão mais digimons. Já sabem o que isso significa.
— Se inimigos vierem, Guilmon vai lutar! — o vermelho estava animado. — Takato, vamos lutar juntos de novo!
Sim, eles lutariam juntos.
Mas o mundo mudou.
A cidade de Shinjuku estava diferente também, mais populosa e segura.
Como seria daqui pra frente?
A noite seguiu, os domadores e seus amigos digimons seguiram para casa.
O dia passou rápido.
翌朝 (Na manhã seguinte) …
我地丸家住宅 (Residência da família Gajimaru)
時間 : 06:00 AM
O início da semana
O sol brilhava, aos poucos, no horizonte da cidade.
O clima agradável e o cantar dos pássaros anunciavam mais um lindo dia começando.
Tendo acordado mais cedo, Meikume já estava uniformizada, o que sua mãe, que estava sentada à mesa tomando café, notou:
— Espera... Porque você acordou tão cedo, minha filha?
— Ah... Bem… — a menina estava sem graça, sorrindo. — Eu quis, ué!
— Mei... Às cinco e meia você já estava de pé — sua mãe a questionava, deixando claro seu estranhamento.
— O que que tem? — Meikume mostrou inquietude após a pressão.
— Você sempre acorda em cima da hora!
— Eu decidi mudar, ué!
— Mas por que assim do nada?!
— Ah... Eu… — a garota olhou para os lados, como se quisesse encontrar uma resposta. — Eu quis ver o sol nascer.
— Boa desculpa... Mas tem coisa aí, eu sei!
Sua mãe, já vestida com jaleco de médica, se levantou, mostrando pressa. Um lobo dia de trabalho no hospital estava por vir.
— Bem, o que importa é que não vai chegar atrasada. Seu pai já saiu, inclusive. Ele deixou sua mesada, então não esquece de levar!
— Tá! Tudo bem!
A Sra Gajimaru, já próxima a porta, pegou sua bolsa e utensílios para ir trabalhar.
Logo, informou a menina:
— Talvez hoje eu faça plantão. A Nanami está doente e não tem quem possa ficar no lugar dela. Tem comida pronta na geladeira, tudo bem?
— Tudo bem, mãe! Bom trabalho! Beijão!
Meikume fez até questão de abrir a porta, o que também a levou a sua mãe reparar nisso:
— Acordou cedo, agora sendo gentil...
— O que tem?
— Você não é de fazer isso!
— Mas eu só estou tentando ajudar!
— Ok... Cuide-se, hein!
— Pode deixar... — a jovem acenou para sua mãe, se despedindo. — Agora vai trabalhar, mãezinha querida!
Após a saída de sua mãe, a garota respirou fundo e correu às pressas para seu quarto.
Lá, viu Meicoomon sentada na cama, esperando sua domadora... fingindo ser uma película.
Isso mesmo: ela estava imóvel e prendendo a respiração.
— Pronto, Meicoomon... Minha mãe já foi.
— Uah... – Ela puxou ar com toda a força – Ufa... Já estava ficando toda roxa!
— Desculpa! É que minha mãe podia te ver e...
— Tá, Mei. Eu entendi... — falou, saltando sobre a cama, animada. — Mas e aí? O que vamos fazer hoje?
— Eu vou pra escola, como faço todo dia.
— Escola?! — a pequena, inclinando sua cabeça para o lado, estava curiosa. — Que isso?
— É onde eu estudo... e desenho!
— Ah sim... — Meicoomon ficou com o semblante fechado, como se recebesse uma má notícia. — Vai me deixar sozinha, né?
— Infelizmente sim… — Meikume arrumava sua mochila enquanto respondeu sua pergunta.
— Tá... Então vai... Hunf! — disse , se virando e fazendo birra.
A menina percebeu esse comportamento, indo até ela no mesmo instante.
— Ei, o que houve?
— Nada não… — ela virou seu rosto, fugindo do olhar da domadora.
— Tá... Eu sei que você ficou brava! Fala logo!
Ela, de braços cruzados e com seu rosto fofo mostrando irritação, explicou:
— Você vai me deixar aqui sozinha e nem tá aí pra mim! Então eu tô de mal! — cheia de birra, Meicoomon escondeu seu rosto com suas antenas.
— Ei... Não fica assim!
— Fico xim! Voxê que tá me deixando brava!
— Tá... Para! – falou, se sentando ao lado dela.
— Não paro, não! Chata!
Sabendo que ela não poderia demorar e não queria que Meicoomon ficasse triste com ela, só teve tempo para pensar em uma só coisa:
— Tá, então... Eu vou te levar!
— Como é?! – Ela gritou, surpresa – Vai me levar pra escola junto com você?
— É o jeito, né?
— Oh! Isso vai ser muito legal! Nyah!
しかし、数分後 (Entretanto , minutos depois)...
— Eh... Mei... O que você tá fazendo?! — falou Meicoomon, confusa.
Seu comportamento tinha um contexto.
Incômodo para a pequena, por assim dizer.
Não por não ter gostado da ideia de acompanhar sua domadora a escola e sim como isso estava sendo feito: Meikume amarrou suas antenas (da Meicoomon) umas às outras, criando assim um tipo de alça como se fosse uma mochila.
Era exatamente isso.
— Pra você ir comigo, tem que ter um disfarce — falou a garota, se aprontando. — Então... Você vai ser minha mochila!
— Gah?! Mochila?!
— Sim!
— Mas eu não quero ser mochila! Eu quero ser a Meicoomon! Euzinha!
— Só que agora você vai ser a mochila Meicoomon!
Uma discussão se iniciou. A digimon não estava satisfeita com a ideia.
— Não! Só quero ser a Meicoomon! Nada de mochila!
— Você vai querer ir comigo pra escola? Então vai ter que ser assim!
— Mas eu não quero ser uma mochila!
— Mas vai ter que ser assim, Meicoomon! Você não pode agir como uma digimon por lá, senão vão te ver e…
Antes que Meikume precisasse argumentar mais, a pequena cedeu.
Mais cedo que a domadora imaginou.
— Huh... Tá... Eu vô aceitar! — falou a felina.
— Isso! Valeu, Meicoomon! — com seu punho fechado levantando, Meikume comemorou.
— Mas eu não gosto de ser mochila...
— Mei… — ela revirou os olhos, impaciente.
— Eu não gosto… — insistiu a digimon, mostrando suas insatisfação. — De ser mochila! — inflamou a felina.
— Chega! — o grito de Meikume definiu bem a perda da paciência.
— Tá bom… — Meicoomon ficou um pouco brava, mas aceitou a condição.
A pequena realmente não havia gostado da ideia.
Meikume ter achado uma forma de a acompanhar até a escola foi algo que fez com que Meicoomon reconsiderasse, pois não queria desagradar sua domadora.
Enfim, as duas se entenderam e, mesmo de forma não muito usual, a “mochila” fofa funcionou muito bem.
Meikume pôs seu agasalho, caminhando até a porta do apartamento.
As duas seguiram juntas até a escola.
E, claro, mais confusões estavam por vir.
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