Death March Web Novel Online 7-5
[Por Dentro da Cidade Natal dos Anões] [Parte 4]



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Satou aqui. Açafrão é uma planta incrível. Sempre que eu era arrastado para as comemorações da firma e tinha de beber, tomava um pouco para curar a ressaca.



Na manhã seguinte, três garotinhas e uma moça sofriam com a ressaca.

— Kuah, minha cabeça dói. Uuh, está tudo embaçado.

— Nyuu~.

— Que dor... Nodesu...

— Satou... remédio...

Claro, Nana, que havia tomado o remédio no dia anterior, estava bem, mas até Liza e Lulu pareciam recuperadas.

Lulu servia água para todos, mas quando nossos olhos se encontraram, ela ficou vermelha e baixou o rosto. Eu não era tão insensível a ponto de zombar da vergonha alheia de uma pessoa bêbada, mas, como era fofo, deixei assim mesmo.

Fiz todas tomarem a mesma poção que Nana havia ingerido.

O efeito foi esplêndido. Em pouco tempo, os gemidos pararam e elas voltaram ao normal, e até começaram a dizer que estavam com fome. Melhor não perguntar se lembravam do dia anterior. Especialmente Arisa e Mia.

Como Jojori-san tinha vindo nos buscar, fomos para a sala de jantar. Pensando bem, embora o ancião Dohar e Jojori-san fossem da família governante da cidade, eles comiam na mesma sala que os artesãos e ferreiros. Será que os anões se viam como uma grande família?

O ancião Dohar, já na sala, decidiu beber logo de manhã e a carne de aperitivo à sua frente era a mesma que comêramos no dia anterior: carne de basilisco. Embora fosse saborosa, o cheiro era forte demais, e eu não podia dizer que o sabor fosse exatamente do meu gosto. Preferia algo mais suave.

Só então ele percebeu então que Mia, quando tirou o o capuz para comer, era uma elfa. Parece que eu havia me preocupado à toa — anões e elfos não tinham uma relação ruim.

— Hoo, uma garota da floresta de Boruenan, eh? Ouvi dizer que você estava desaparecida, mas na verdade fugiu com um humano, é isso?

— Nn. Amor mútuo.

Não diga algo tão escandaloso. Isso não tem fundamento algum.

— Eu a salvei de um feiticeiro mal intensionado e decidi acompanhá-la até a floresta.

— Mwuu...

Ela pareceu insatisfeita por eu ter negado a declaração de amor mútuo.

— Já que recebemos um pedido do Senado da Floresta de Boruenan para procurá-la, se importa se enviarmos uma carta para informá-los?

— Claro, e peço desculpas pelo incômodo.

Driar-shi, o prefeito, tratou da carta no lugar do ancião Dohar.

O gerente da guilda dos trabalhadores em Seryuu City já deveria ter enviado uma carta, mas, como não havia garantia de que ela chegaria, não faria mal ter mais algumas.



Hoje, levei todas para um passeio turístico pela cidade de Bolenhart, já que no dia anterior as havia deixado sozinhas. Como esperado, as meninas já haviam reposto os suprimentos ontem. 

Aparentemente Jojori-san se voluntariou para guiar o passeio. Nos sentíamos como VIPs.

Primeiro, fomos à loja de magia que me indicaram no dia anterior.

— Sinto muito, Satou-sama. Não posso levar pessoas sem permissão do avô à loja de magia antes da mina. Não há problema com o senhor, mas preciso pedir que os outros convidados aguardem aqui.

Íamos fazer um tour juntos! Ou assim eu pensara, mas já estávamos encalhados.

Nada mudaria se eu incomodasse Jojori-san, então decidi pedir às meninas que esperassem, pois em breve terminaria a negociação.

A loja de magia, Don-Haan, ficava após a passagem acima da fornalha de mithril que visitamos no dia anterior. Agora fazia sentido a necessidade da permissão do ancião Dohar para chegar lá.

A pedido de Jojori-san, coloquei a espada das fadas, que havíamos forjado ontem, na minha cintura. Eu mesmo fiz o cinto quando estava criando algo para Nana antes. A bainha era uma simples de madeira feita às pressas, literalmente antes do café da manhã. Pensava em fazer uma mais adequada outro dia.

— Yo, Jojori, você se apaixonou por um humano? Zajir vai chorar, hein.

— Oi, Jojori, o que está fazendo trazendo um humano aqui? O velho vai te nocautear, sabia?

Dois velhinhos gêmeos nos cumprimentaram dentro da loja. Eram gnomos, não anões.

— Olá, Don jii-san, Haan jii-san. Eu tenho permissão do meu avô.

Jojori-san disse isso apontando para o pomo da minha espada das fadas. Como os gnomos pediram para vê-la melhor, tirei-a do cinto e a coloquei em um lugar mais visível.

— Isso é... Surpreendente. Se não é a Marca Verdadeira do velho!

— Caramba, que surpresa. O velho fez isso de brincadeira depois de beber demais?

Parece que a Marca Verdadeira era como a assinatura de Dohar-san, e ele não a colocava em qualquer obra comum. Se eu mostrasse essa marca aos anões e gnomos deste domínio autônomo, seria tratado como um velho amigo. 

Ancião Dohar... você é bondoso demais com um jovem que acabou de conhecer.

Por enquanto, como eu podia comprar qualquer coisa na loja graças à Marca Verdadeira, decidi ver os livros e pergaminhos mágicos disponíveis.

Era também uma loja de alquimia, mas só vendiam produtos prontos, nada de ferramentas ou materiais para preparação.

— Então, temos livros de magia de nível básico para água, vento, gelo e fogo, e intermediários para terra e fogo. Também temos coisas incomuns, como magia de ferreiro e magia da montanha.

Don-san empilhou os livros de magia.

Era a primeira vez que ouvia falar em magia de ferreiro, mas era apenas magia adaptada para a forja, algo a ser usável com a habilidade de magia de fogo. O mesmo valia para a magia da montanha, que era um arranjo para procurar e extrair minerais na mina, usável com magia de terra. Avisaram-me que magias de outros elementos também eram necessárias, embora poucas.

Eu já havia comprado livros básicos em cidades humanas, mas como tinha alguns feitiços desconhecidos ali, comprei todos. Como não podíamos carregá-los, decidiram enviá-los junto com o estoque da loja.

— Hoo? Pergaminhos? Temos, mas são só coisas caras para quem já sabe usar magia. Os efeitos são bem fracos, sabia?

Haan-san pegou os pergaminhos na prateleiras, mesmo com o aviso. Parecia haver apenas seis tipos ali.

— São para mineiros que vão sozinhos à mina. Para esmagar pedras em areia, [Esmagador de Rochas]; para quando a água começar a inundar, [Congelar Água]; e [Endurecer Argila]. Também há [Muralha de Lama], para reforçar leitos de rocha frágeis. E ainda [Purificador de Ar] e [Cortina de Ar], para atravessar lugares com gases estranhos.

Claro, eu disse que queria comprar tudo, mas Don-san me interrompeu.

— Sinto muito, rapaz. Insisto que você deixe o [Purificador de Ar]. Só temos um, e quero mantê-lo até a próxima reposição.

— Se for assim, fico com os outros cinco.

Era uma pena, mas não queria prejudicar os anões por isso. Além do mais, parecia que os pergaminhos vinham da casa de Toruma (o Ossan), então eu provavelmente os encontraria na capital do ducado.

Os pergaminhos que obtive foram:

Pergaminho, Magia de Terra: [Esmagador de Rochas]

Pergaminho, Magia de Terra: [Muralha de Lama]

Pergaminho, Magia de Terra: [Endurecer Argila]

Pergaminho, Magia de Vento: [Cortina de Ar]

Pergaminho, Magia de Gelo: [Congelar Água]



Depois de finalizar as compras na loja de magia Don-Haan, saímos para explorar a cidade com as meninas.

No início, Pochi e Tama seguravam minhas mãos, mas Mia e Arisa começaram a reclamar. No final, elas se acalmaram quando combinamos de revezar, cada uma seguraria minha mão em uma rua diferente, com a ordem decidida no pedra-papel-tesoura.

— Oh?

Assim que começamos a caminhar, percebi que havia pessoas nos seguindo.

Eram anões, segundo o mapa, ou melhor, membros do departamento de ordem pública de Bolenhart. De acordo com Jojori-san, eram guarda-costas que Driar-shi havia providenciado. Não era apenas uma sensação de sermos VIPs; éramos tratados como tal.

No centro da praça, onde havia um chafariz, um espadachim dançava com sua espada, uma loja de afiação funcionava e armas eram vendidas abertamente.

As mercadorias estavam dispostas no chão, sobre panos, diferentemente das barracas de Seryuu City. Embora os itens expostos não fossem ruins, também não eram excepcionais, então não me interessei.

Um vendedor ambulante, um Weaselkin, montou um jogo de arremesso na praça. O objetivo era acertar um alvo a três metros de distância com dardos parecidos com shurikens. Uma tentativa custava uma moeda de cobre, e o jogador ganhava três moedinhas de por cada acerto em cinco arremessos. Se acertasse duas vezes, já saía no lucro. Parecia fácil, não?

— E aí, meu chapa? Quer tentar?

Como Pochi e Tama pareciam animadas, dei a ele uma moeda de cobre.

— Vou acertar todos, nodesu!

O primeiro arremesso de Pochi errou. O dardo parecia desbalanceado , não, na verdade, era feito para ser assim mesmo. Apesar disso, ela acertou duas vezes. Realmente tinha habilidade com arremessos.

— Acertei duas vezes, nodesu!

— Ayiaa, a garotinha é boa, hein? Se continuar assim, vou ter que viver só de arroz...

Acariciei a cabeça de Pochi, que ficou radiante ao receber uma moeda de cobre e uma moedinha. Seu rabo balançava como se fosse se soltar.

— Vingança pela Pochi~?

A cada arremesso de Tama, a plateia ao redor vibrava. Ela acertou três vezes seguidas.

— Essa garotinha vai bater o recorde!

— Aposto que acerta quatro.

— Acho que o terceiro foi o último.

Começaram a fazer apostas, mas Tama lançou o quarto e o quinto dardo sem se importar com o clima.

Infelizmente, o quinto errou, mas já foi incrível ela acertar quatro com dardos feitos para falhar.

— Errei um.

— Já foi incrível, Tama.

Ela ficou tão focada em acertar todos que esqueceu de pegar o prêmio. Mas parece que se recompôs quando a elogiei. Enquanto esfregava a cabeça em minha mão, após os afagos, mostrou triunfante as moedas que ganhou para Pochi.

Como Tama exibiu duas moedas de cobre e duas de bronze, a rivalidade de Pochi se acendeu, e ela quis tentar de novo. Porém, o Weaselkin não permitiu novas tentativas para quem já havia acertado duas vezes ou mais.

As outras também tentaram, mas, além de Mia, que acertou uma vez, ninguém mais conseguiu. Até Liza, que treinava arremesso de lanças, errou todos. Jojori-san me incentivou a tentar, mas declinei.



A praça não exibia apenas armas, armaduras e outros itens "selvagens" — também havia artesanatos feitos de gemas e metais preciosos. Embora fossem mais refinados que os de Seryuu City, ainda pareciam um pouco rústicos comparados aos que eu via em propagandas de TV.

Como já estávamos lá, sugeri comprar artigos no valor de uma moeda de prata para cada uma, mas...

— As coisas que o mestre faz são melhores. Coloque bastante amor nelas, por favor.

— Carne~?

— Isso mesmo, nano desu! Quero carne grelhada, nodesu!

— Bife é bom, mas acho que carne assada na grelha é melhor.

— Crepes.

Arisa pedia por acessórios, mas, começando por Tama, Pochi, Liza e até Mia começaram a pedir comida.

Nana e Lulu, que olhavam os acessórios, concordaram com Arisa e disseram que meus trabalhos manuais eram superiores. Como eu podia fazê-los facilmente graças às habilidade de produção, decidi criar brincos ou pulseiras combinando.

Talvez estivessem com fome, já que falavam tanto de comida. Resolvemos almoçar em um restaurante de frente para a praça. Como eu passara muito tempo no subsolo, escolhemos uma mesa no terraço aberto. Ao pedirmos, Pochi soltou uma frase curiosa:

— Pochi quer ir numa jornada logo para comer a carne do mestre, nodesu!

De algum modo, todas concordaram e acenaram, enquanto Jojori-san ficou confusa, sendo a única a não entender a situação.

O prato era pão preto com queijo e linguiça, e os anões costumavam regá-lo com cerveja. Como a linguiça era picada, coloquei mostarda. Fazia tempo que não comia mostarda, e, ao olhar para Lulu, vi que ela havia comprado vários tipos de linguiça e mostarda. Boa jogada.



— Como assim não vendem espadas de Mithril, se essa aqui é a cidade dos anões!?

Enquanto tomávamos chá de gengibre após a refeição, um grito ecoou. Ao olhar, vi um homem vestido como nobre reclamando com um anão em uma barraca de armas.

Parecia que a paz lamentavelmente chegou ao fim e um distúrbio na cidade dos anões estava prestes a começar.


Tradução: Rudeus Greyrat
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