Hai to Gensou no Grimgar | Grimgar of Fantasy and Ash Volume 12
Capítulo 11
[Dedique-se ao Máximo]
A grande fogueira foi movida para o lado, e doze pequenas fogueiras foram acesas em círculo ao redor da praça.
Ninguém além do chefe da tribo Kamushika, Papa Dutt, seu filho mais velho Mwadan e seu oponente Kuzaku podia entrar no círculo.
Haruhiro e o restante da party, é claro, foram obrigados a ficar sentados do lado de fora.
Assim como Mwadan, Kuzaku teve que tirar sua armadura e ficou com o torso nu.
Papa Dutt fez uma revista corporal em ambos, verificando se não havia nada que pudesse ser usado como arma. O duelo seria travado apenas com as mãos nuas.
Tsiha explicou o que estava acontecendo em uma linguagem humana bem quebrada. “Tuwanra” não era exatamente o duelo em si, mas um ritual realizado para afastar o gewguw. Havia um significado em dois homens destemidos arriscarem suas vidas numa competição de força, e o gewguw fugiria com medo de sua bravura selvagem.
Havia regras bem definidas:
O uso de armas era proibido.
Se saísse do círculo, perdia.
Se morresse, perdia.
Não havia rendição.
E era isso.
A clareza e simplicidade dessas regras eram até revigorantes. Parecia que qualquer tipo de ataque era permitido, desde que não envolvesse armas, mas segundo Tsiha, lutar sujo não era bem visto.
Lutar limpo e se matar com as próprias mãos, era isso? Isso não era meio perigoso...?
No centro do círculo, Papa Dutt tinha uma expressão solene. Ou pelo menos era o que Haruhiro achava. Afinal, ele tinha um rosto de raposa, então era difícil interpretar suas expressões, mas a sensação era essa. De qualquer forma, ele estava ali parado, com uma postura solene.
Mwadan estava na borda do círculo, alongando-se, girando os braços e fazendo um aquecimento bem meticuloso. Os runarukas se inflamavam a cada movimento dele.
Olhando ao redor, não havia outro runaruka com uma constituição física tão impressionante quanto a dele, então talvez Mwadan fosse algo como um herói do povo Kamushika.
Aliás, os Kamushika eram apenas uma das tribos runaruka, mas a maior da ilha principal.
Kuzaku, por sua vez, torcia o tronco, alongava o tendão de Aquiles e fazia vários outros tipos de alongamento. Como estava se movendo devagar e de maneira relaxada, parecia não estar nem um pouco nervoso, mas quem sabe como ele realmente se sentia?

— Kuzakkun! — Yume chamou por ele.
Kuzaku virou-se para a party e abriu um largo sorriso.
— Ele está bem tranquilo — comentou Setora, sentada ereta, calma e composta como sempre.
Kiichi, ao lado dela, estava com as orelhas em pé, demonstrando um pouco mais de urgência, mas talvez fosse só o barulho ao redor que não o deixava sossegado.
— Kuzaku-kun, faça o seu melhor! — A voz de Shihoru tremia. Seu corpo inteiro estava tenso, completamente rígido.
Essa era a Shihoru. A situação devia estar sendo mais difícil para ela do que se estivesse em perigo pessoalmente.
O rosto de Mary também estava tenso.
— Se você se machucar, eu cuido disso.
Kuzaku acenou com as duas mãos e exibiu um sorriso cheio de dentes.
— Beleza! Se acontecer, tô contando com você. Mas vai dar tudo certo. Eu consigo.
Haruhiro ficou em dúvida. Deveria provocá-lo com um “Olha só, cheio de confiança, hein?” ou apenas encorajá-lo?
Enquanto ainda pensava, Kuzaku lhe lançou um silencioso joinha.
Sem palavras entre nós, é isso?
Bem, tudo bem.
O oponente de Kuzaku parecia bem seguro de suas habilidades. Não era só um caso de alguém parecer mais forte do que realmente era por causa do tamanho. Kuzaku era especializado em se defender com armadura, elmo e escudo, enfrentando os ataques inimigos sem medo e esperando a oportunidade para contra-atacar. Mas numa luta apenas com as mãos, essa estratégia não valia nada.
Era por isso que Haruhiro estava preocupado, mas Kuzaku estava a vários metros de distância. Não tinha como lhe dar conselhos detalhados. Ainda assim, sentia que nem precisava.
Quando Haruhiro acenou com a cabeça, Kuzaku abriu um sorriso ainda maior.
Por que você está tão feliz? Haruhiro se perguntou. Mas... tudo bem, eu acho.
— Ooozureee. Aaadiiistaaa. Deeeooobooo.
Papa Dutt abriu os braços, deixando sua voz profunda ecoar.
— Tuwanra!
— Tuwanra!
Os runarukas entoaram o cântico, e Papa Dutt continuou.
— Raaagareee. Soookiiiiiiyaaa. Rureeegaaaaaareee.
— Tuwanra!
— Tuwanra!
— Araaasute! Nanaaadiiiyaaa. Tuwanra!
— Tuwanra!
— Tuwanra!
— Oooseeeyooo, Kamushiakaooo, Mwadan!
— Mwadan!
— Mwadan!
— Mwadan!
— Waooooooooooooooooooooooooooooo...!
Mwadan uivou, socando o ar várias vezes enquanto avançava.
— Oooseeeyooo, nuhaaagura, Kuzaaaku!
Assim que Papa Dutt chamou o nome de Kuzaku, todos os runarukas arreganharam os dentes, assobiando e vaiando como se estivessem zombando dele.
Não querendo ficar para trás, Haruhiro e os outros gritaram o nome de Kuzaku em resposta.
— Kuzakuuuuuuu! — Haruhiro berrou.
— Nyaaa! Kuzakkun! Kuzakkun! — gritou Yume.
— Kuzaku-kun, aguente firme! — chamou Shihoru.
— Acaba com ele, Kuzaku! — gritou Mary.
— Nyaaaooo! — Esse foi Kiichi.
— Pode vir com tudo! — Kuzaku provocou os runarukas com gestos enquanto se aproximava de Mwadan.
Os dois ficaram frente a frente, separados por quarenta, cinquenta centímetros.
Kuzaku tinha cerca de um metro e oitenta de altura, o que significava que Mwadan devia ter por volta de dois metros. Em largura, eram quase equivalentes, mas o corpo de Mwadan era bem mais robusto. Especialmente o peito e a cintura, que pareciam projetar-se para frente, além dos braços e pernas incrivelmente espessos. Será que o cabelo só fazia parecer que eram maiores? Não, mesmo levando isso em conta, Mwadan definitivamente tinha muito mais músculos.
— Tuwanra, zei! — Papa Dutt deu o sinal para começar e recuou.
Nenhum dos dois se moveu de imediato.
Os runarukas começaram a gritar o nome de Mwadan, incentivando seu herói.
Os dois se encaravam sem piscar.
Mwadan foi o primeiro a se mover. Recuou a perna esquerda e ergueu as mãos na altura do rosto. Era um convite para medir forças em um confronto direto.
Em uma disputa pura de força física, o maior teria a vantagem. Mas Kuzaku permaneceu calmo. Em vez de aceitar o convite, desferiu um golpe largo com o punho direito.
Os runarukas chiaram furiosos, provavelmente criticando Kuzaku por não aceitar a prova de força e considerá-lo covarde.
Enquanto isso, Kuzaku transmitia claramente sua intenção: Eu vou te acertar! Vou te acertar de verdade! Ele forçou Mwadan a tomar uma decisão.
— Ein! — gritou Mwadan, como se dissesse: “Vem pra cima!”, fincando os pés no chão e inclinando-se à frente para bloquear o golpe de Kuzaku.
— Nnnnnnnnnnnguh! — Kuzaku desferiu seu ataque. Sua mão estava fechada com força, mas não era um soco. Não estendeu o punho para frente, mas o jogou para baixo de maneira brusca. A lateral da mão, da base do dedo mínimo até o pulso, bateu com força no focinho de Mwadan.
Mwadan cambaleou por um instante. Sangue espirrou do nariz dele. Mas, em vez de recuar, ele juntou as mãos e as ergueu.
— Morrraaaaaaaaaaaa! — Mwadan desferiu um golpe direto na nuca de Kuzaku.
Por um momento, o som foi tão brutal que parecia que a cabeça de Kuzaku havia sido arrancada. Mas não foi. Ele ficou em uma posição perigosamente próxima de cair de quatro, mas, de alguma forma, conseguiu se segurar e não tombar.
Mwadan fungou duas vezes, limpando o sangue das narinas esquerda e direita, e então agarrou Kuzaku. Ele se inclinou sobre as costas de Kuzaku, segurando-o pela parte de trás das coxas.
Ele pretendia erguê-lo daquele jeito?
Sim, exatamente isso.
— Nwoahhh! — Mwadan ergueu Kuzaku, girando-o para o lado. Kuzaku foi levantado acima da cabeça dele.
— Para! — Shihoru praticamente gritou.
Os runarukas entoaram: — Mwadan! Mwadan! Mwadan! Mwadan!
Haruhiro rangeu os dentes. Ele não fechou os olhos.
Mwadan não apenas jogou Kuzaku no chão. Não, teria sido melhor se tivesse feito isso. Foi pior. Ele fez diferente.
Mwadan se ajoelhou. Ele não lançou Kuzaku contra o solo, mas sim sobre o próprio joelho direito.
Vai quebrar... Se fizer isso, vai quebrar a coluna dele.
Kuzaku rolou do joelho de Mwadan para o chão.
Mwadan se levantou, erguendo o punho direito.
— Ooooooooooooooooooooooooohhhhhhhhhh! — a multidão rugiu.
— Mwadan!
— Mwadan!
— Mwadan!
— Mwadan!
Os runarukas ovacionavam.
Kuzaku estava de bruços, imóvel. Pressionava o braço esquerdo contra as costas.
Ele não consegue se mexer? Não pode ser... Sua coluna realmente quebrou?
— Kuzaku...! — Haruhiro começou a se levantar, mas alguém pressionou seus ombros por trás, impedindo-o. Era Tsiha.
— Não levantar.
Mwadan começou a circular lentamente o ringue enquanto se aproximava de Kuzaku.
A rendição não era aceita. Mwadan tentaria arrastar Kuzaku para fora do ringue? Ou terminaria com ele de uma vez?
Os runarukas esperavam uma conclusão definitiva. Era difícil imaginar que Mwadan fosse frustrar essa expectativa. Ele provavelmente havia planejado acabar com Kuzaku no ringue desde o início.
Yume e Shihoru gritavam, torcendo por Kuzaku, mas Mary e Setora estavam em silêncio.
Haruhiro forçou-se a respirar.
Como líder da party, sempre observava Kuzaku. Como companheiro, também. E, provavelmente, como amigo.
Por isso, sabia.
Kuzaku ainda não desistiu.
Não é mesmo, Kuzaku?
Mwadan tentou chutá-lo.
Mwadan parou.
— Hadda! Hadda! — Os runarukas o instigavam a agir. “Acabe logo com isso! Mate-o!” Era isso que queriam dizer, sem dúvida.
Mwadan fez menção de chutar Kuzaku, mas parou. Algumas vaias ecoaram entre a multidão.
Ele podia não parecer, mas era bastante cauteloso. Provavelmente, estava testando a reação de Kuzaku. No entanto, mesmo após duas tentativas de ataque, Kuzaku não reagiu. O último golpe deve tê-lo atingido com força.
Que fracote... Talvez fosse isso que Mwadan estivesse pensando. Vou pelo menos finalizar com um grande golpe para agradar a plateia.
Ele se abaixou para agarrar Kuzaku novamente.
Foi nesse momento que aconteceu.
Kuzaku se levantou em um instante e acertou uma cabeçada no queixo de Mwadan.
A cabeça de Mwadan jogou-se para trás, e Kuzaku avançou com fúria.
Seus punhos. Com a esquerda e a direita, socou repetidamente o rosto de Mwadan.
Depois de levar vários golpes, Mwadan ergueu os braços para se proteger. Mas Kuzaku não se importou. Continuou desferindo socos por cima da guarda do adversário, tentando rompê-la à força.
— Suh! — Talvez sentindo o perigo, Mwadan tentou contra-atacar com um chute giratório de perna direita contra o flanco esquerdo de Kuzaku.
Kuzaku deve ter previsto isso. Em vez de evitar, agarrou a perna direita de Mwadan com o braço esquerdo.
— Hahhhhhh!
Ele o derrubou, montou sobre ele e continuou a socá-lo. O rosto de Mwadan estava sendo castigado.
Os runarukas gritavam.
Mwadan tentava reagir, mas não conseguia. Seu rosto já estava coberto de sangue. Sua defesa enfraquecia cada vez mais.
Até que, por fim, ele ficou estirado no chão.
Ele desmaiou?
Kuzaku podia vencer. As chances estavam esmagadoramente a seu favor. Agora só faltava finalizar. A questão era como.
Kuzaku recuou.
Um ring out. Se conseguisse expulsá-lo do ringue sem matá-lo, seria o melhor desfecho possível.
Esse pensamento passou pela mente de Haruhiro—e provavelmente pela de Kuzaku também. Não era ingenuidade.
Kuzaku tentou agarrar o tornozelo direito de Mwadan.
Mas então, como se despertasse de repente, Mwadan contra-atacou. Ainda deitado, desferiu um chute duplo em Kuzaku.
Kuzaku recuou, e Mwadan imediatamente se ergueu.
Avançando sobre ele, Mwadan desferiu golpes com mãos e pés. Suas técnicas não eram refinadas, mas a intensidade era brutal. Se fosse Haruhiro ali, um único golpe já teria sido suficiente para arrancar-lhe a alma do corpo.
Kuzaku não ficou apenas na defensiva—também atacou. Ou melhor, ele foi golpeado e revidou. Revidou e foi golpeado novamente. Quando acertava, levava um golpe, e quando era atingido, contra-atacava.
Nenhum dos dois bloqueava os ataques.
Mwadan já estava ensanguentado desde o início, mas, em algum momento, o rosto, o peito e as laterais do corpo de Kuzaku também ficaram cobertos de hematomas. Ele sangrava por toda parte.
— Mwadan!
— Mwadan!
— Mwadan!
— Mwadan!
Os runarukas clamavam pelo seu herói.
— Kuzaku!
— Kuzakkun!
— Kuzaku-kun!
— Kuzaku!
— Kuzakuuuu!
— Nyaaaooooon!
Tudo o que Haruhiro e os outros podiam fazer era acreditar na vitória de Kuzaku e torcer por ele até ficarem roucos.
Mwadan desferiu um grande golpe com o braço direito, acertando Kuzaku. Intencionalmente ou não, Kuzaku abaixou um pouco a cabeça. Por causa disso, o punho direito de Mwadan o atingiu em cheio na lateral da cabeça.
Parecia ter machucado a própria mão, mas, mesmo assim, Mwadan continuou a golpear Kuzaku.
Kuzaku não se desviava, ou não conseguia desviar. Continuou recebendo socos.
De repente, Mwadan parou. Estava sem fôlego.
Nesse instante, Kuzaku se aproximou rapidamente.
Envolveu os braços em torno do pescoço de Mwadan, puxou-o para si e cravou o joelho em seu flanco.
Mais uma vez.
E outra.
— Ahhh! Ahhhh! Nwahhhhh! — Kuzaku gritava.
Mwadan não tentou afastá-lo. Apenas aceitou os golpes.
— Nngh! Nnnnngh! Gunnnnnnngh!
Eventualmente, os dois se separaram, cambaleando.
Agora era a vez de Mwadan.
Todos sabiam disso.
Claro, Mwadan avançou e saltou.
Era um chute voador com os dois pés juntos. Por mais ferido que Kuzaku estivesse, ele deveria ter conseguido desviar.
Mas Kuzaku não desviou.
Em vez disso, tentou desviar os pés de Mwadan com o peito.
Isso era loucura.
Kuzaku foi lançado para trás, mas Mwadan também caiu no chão.
Nenhum dos dois se levantou imediatamente.
Os runarukas entoavam o nome de Mwadan, enquanto a party clamava por Kuzaku.
Mwadan se ergueu, e Kuzaku também.
Uma tempestade de aplausos explodiu.
— Udaaa! Venha! — Mwadan o chamou com um gesto.
Kuzaku recuou alguns passos, preparando um impulso.
— Dwahrahhhhhhhhhh!
Não era um chute qualquer.
Kuzaku desferiu um chute giratório voador na lateral do rosto de Mwadan.
Mwadan foi derrubado.
Kuzaku quase perdeu o equilíbrio, mas, de alguma forma, conseguiu se estabilizar antes de cair.
Isso era inédito.
Os runarukas o aplaudiram ensandecidos.
— Yeahhhhhhhhhhhhhhhhhh! — Kuzaku ergueu o punho no ar, respondendo à plateia, e então se voltou para Mwadan, que ainda estava caído. — Levanta! Anda, levanta! Eu sei que você ainda pode lutar! Não pode ser só isso!
Mwadan primeiro rolou para o lado, ficando de bruços, depois usou os braços e as pernas para se erguer com dificuldade.
— Mwadan!
— Mwadan!
— Mwadan!
— Mwadan!
— Mwadan!
Kuzaku e Mwadan eram incríveis. Simplesmente incríveis.
Haruhiro precisava que Kuzaku vencesse, obviamente.
Mas, ao mesmo tempo, não queria ver Mwadan sofrer uma derrota humilhante.
A euforia no ar provavelmente estava nublando seu julgamento. Ele se sentia um estraga-prazeres por pensar assim.
Sim, o que eles estavam fazendo era incrível.
Mas por que diabos continuavam se golpeando dessa maneira?
Por que não se defendiam mais? Por que não tentavam desviar?
Eram idiotas?
Mais do que felizes em serem idiotas, Kuzaku e Mwadan estufavam o peito, não para menosprezar o adversário, mas para exibir sua própria força.
Viu? Eu sou resistente.
Eu sou mais resistente.
Então eu sou ainda mais resistente que você.
Vou superar isso.
Kuzaku e Mwadan cambalearam um na direção do outro.
Mwadan lançou um soco com a mão esquerda. Kuzaku o segurou levemente com sua mão esquerda.
A mão direita de Mwadan estava ferida. Ele já nem conseguia fechar o punho direito.
Os dois deram um passo para trás.
Kuzaku avançou primeiro e socou Mwadan.
Mwadan revidou.
Depois foi a vez de Kuzaku.
Então Mwadan.
Eles continuaram trocando golpes.
Os dois estavam cobertos de hematomas, completamente exaustos, mas colocavam a alma em cada soco.
Quem cairia primeiro? Mwadan ou Kuzaku?
Haruhiro estava sufocado entre dois sentimentos opostos: Não importa quem ganhe, só acaba logo com isso, e Não perca, Kuzaku!
Ele mal conseguia respirar.
Provavelmente vai acabar com o próximo golpe.
Mas não acabou.
Bom, talvez agora.
Ainda não?
Esse próximo tem que ser o último.
Ainda não acabou?
Os socos continuaram voando por um longo tempo. Haruhiro começou a se perguntar se isso algum dia teria fim.
O punho direito de Mwadan atingiu o rosto de Kuzaku.
A mão direita que ele supostamente já não conseguia fechar.
Os runarukas explodiram em gritos de comemoração.
Haruhiro quase gritou junto.
Kuzaku cambaleou.
No rosto ensanguentado e inchado, surgiu um sorriso.
— Hwahahh.
O que ele estava tentando dizer?
Kuzaku já não conseguia mais falar direito.
Mas, mesmo assim, não caiu.
Quem caiu foi Mwadan.
Ele tombou de joelhos, como se seu corpo tivesse desistido.
Quando estava prestes a cair para frente, Kuzaku o segurou.
Mwadan estava claramente inconsciente.
Seu corpo inteiro estava mole.
Mesmo assim, Kuzaku ergueu o braço direito de Mwadan.
Setora balançou a cabeça levemente.
Shihoru e Yume olhavam fixamente para Kuzaku.
Mary assentiu.
O clamor dos runarukas perfurou os céus.
Haruhiro finalmente soltou um suspiro.
Tradução: ParupiroH
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