Digimon Tamers 00 Zero Zero – Capítulo 08
[Ilusões
Catastróficas_]
時間後 (horas depois)...
リー家 (Residência da família Lee)
時間: 05:30 PM
A tarde seguiu tranquila. Na hora do almoço, Shiuchon, com a ajuda de Ruki, preparou o alimento para Gigimon, Gummymon e Pokomon.
E foi um sucesso: os três adoraram a comida preparada por seus amigos, consumindo de toda a papinha.
Como esperado, Takato, Lee e Ruki tiveram a responsabilidade de servi-los, como se faz com bebês.
E foi extremamente divertido para todos terem essa experiência, já que o astral estava lá em cima.
Passado o almoço, veio a tão esperada soneca.
Os três digimons bebês dormiram por um bom tempo, descansando após os ocorridos do diginundo.
Era muito visível a satisfação em seus rostos enquanto descansavam e a sensação de segurança que tinham.
Esse foi um ponto que Ruki disse a seus amigos.
“Eles estão em paz, talvez como nunca estiveram nesses últimos anos...”
E esse foi o momento de voltarem pra casa.
Ruki e Takato, é claro.
Eles se despediram de Lee, mantendo a discrição, mesmo que Gigimon e Pokomon estivessem visíveis.
Mas seu tamanho diminuto e a promessa de ficarem quietos foi o suficiente para não chamarem a atenção durante o trajeto de volta para a casa de Takato e Ruki.
Entretanto, em seu apartamento, Lee, que viu Shiuchon cuidar de Gummymon, estava sentado na sala junto com seu pai.
E a conversa seguiu:
— Jianliang, você tem ideia do que significa termos seus amigos digimons de volta?
— Claro, pai... Eu falei com o Takato exatamente sobre isso.
— O Sr Yamaki já deve estar sabendo de algo também.
— O que tem? Isso seria útil, no fim das contas. Dessa vez, nós não seremos pegos de surpresa.
— Não é só isso… — disse, retirando seu óculos. — Sabe muito bem como terminou na última vez.
— Pai, eu tenho total ciência do que tudo isso pode trazer pra gente. Só que… — divagou Lee, olhando para Gummymon.
— O que foi?
— Não vê que eu estou feliz? O Terriermon voltou. Isso era tudo que eu queria.
Gummymon ouviu isso e veio saltitante para o colo de Lee, dizendo:
— Momantai!
Ele falou isso olhando para o pai de Lee, como se estivesse o confortando.
E logo veio a retribuição:
— Jianliang, eu não tenho o direito de te tirar desse momento tão especial. E eu fico feliz que você tenha vários amigos e, principalmente, maturidade para separar suas emoções das suas razões.
— Obrigado, pai. Seja o que vier pela frente, vou enfrentar de frente, assim como Takato e Ruki.
Mas, Shiuchon fez uma pergunta bem pertinente:
— Ei... Porque o Lopmon também não veio?
Isso foi mesmo um bom ponto, que trouxe um momento de reflexão por parte de todos.
Isso abriu uma questão: o que aconteceu com os demais digimons que tinham domadores?
Gardomon, MarineAngemon, o próprio Lopmon e Impmon.
O que aconteceu com todos eles?
Bem, não haviam muitas respostas, mas não faltava felicidade por parte dos domadores lendários.
E, com essas definições e hipóteses de lado, voltemos à história.
時間後 (horas depois)...
ガジマル家 (Residência da família Gajimaru)
時間: 07:00
Conhecendo o paizão!
— Olá, Mei! Eu estou em casa, filhona!
Entrando pela porta do apartamento, eis que apareceu um senhor que trajava botas de couro, uma calça jeans azul e camisa polo, com olhos castanhos e cabelo de cor preta.
Era o senhor Horuryu Gajimaru ou, como era carinhosamente chamado, Ryu.
E sua presença foi uma surpresa para Meikume, que jogou Meicoomon para longe, em direção a seu quarto.
Por sorte a felina caiu sobre a cama sã e salva, mas não menos irritada.
E, para quem pensou que seu pai não reparou:
— Ei... O que você arremessou pra lá? — disse, tentando espiar o quarto da sua filha.
— Ah... OI, PAI! — ela fechou a porta e ficou a frente dela. — A quanto tempo, hehe...
— Eu estou ótimo. Um pouco cansado e… — contra sua vontade, ele foi empurrado.
— Então porque não vai tomar um banho? — Meikume, aproveitando a oportunidade, o conduziu até o banheiro.
Embora inconveniente, o comportamento de Meikume trouxe bons fluidos.
Seu pai concordou com a ideia.
— Hã? Bem... É uma boa ideia!
— Vai então... Vai! — disse, empurrando seu pai em direção ao banheiro com mais ímpeto desta vez.
O homem recém chegado não estava entendendo bem, mas aceitou a ideia e foi para o toalete, mas não sem antes dizer:
— Mei…?
— O que? — disse Meikume.
— O que? — e também Meicoomon (???)
É.
Isso mesmo.
As duas responderam ao mesmo tempo.
E isso causou uma confusão:
— Hã?! Mas... — dentro do banheiro, seu pai falou, sem entender. — Mei, quem disse “o que” aí com você?
— Ah nada não, pai… — a jovem, bem sem graça, tentava contornar a situação.
— É, nada não... — e a felina ainda estava no diálogo.
Sem pensar, Meikume pegou Meicoomon e a levou para o quarto às pressas, antes que seu pai a visse.
No cômodo fechado, lá ela pode, enfim, conversar:
— Meicoomon, o que você pensa que está fazendo?
— Respondendo ao tio, que me chamou.
Com isso, uma pequena discussão se iniciou, com as duas frente a frente, em um duelo digno de “duas grandes amigas com ego gigante”.
— É o meu pai e ele estava falando comigo!
— Mas ele falou meu nome!
— Não! Falou o meu!
— Não! O meu!
— Meu!
— Meu!
— Para com isso!
— Para voxê!
As duas estavam discutindo mesmo.
Entretanto, o jeito fofo de Meicoomon não deixou com que Meikume ficasse (tão) brava:
— Ah minha bolotinha... Não tem como eu ficar irritada com você... — ela tentou manter a razão, mas seu grito característico disse o contrário. — MAS NÃO FAZ ISSO!
— Uh... Mas ele falou meu nome e voxê tá gritando comigo!
— Tá... — ela falou, desviando o olhar, constrangida. — Desculpa ter gritado de novo.
— Duas vezes já, né?
— É. Desculpa.
A pequena digimon também soube jogar no emocional, relembrando do evento recente que a incomodou.
— E de ter me jogado que nem uma bola de futebol americano, vai pedir dicupa também?
— Tá, desculpa… — Meikume tentou se justificar. — Mas eu tive que fazer isso para seu bem.
— Meu bem? Puque?
— Porque meu pai quase te viu e ia dar problema.
— Puque?
— Ah... Porque ele não pode saber que tem uma digimon em casa.
— Puque?
— Porque se ele saber disso, eu vou estar em maus lençóis e você, com certeza, terá problemas.
— Puque?
A paciência se esgotou novamente.
— Por favor, Meicoomon... Só fica aqui!
— Uh... Tá bom... Mas, por favor, me diz puque eu tenho que ficar aqui? Se não tem inimigo pra combater, então puque eu tenho que me esconder do seu pai?
Enfim, a garota usou muito bem a razão dessa vez.
— Tá... Vamos por partes: meu pai nunca iria entender que tem um digimon de verdade aqui em casa. Outra: ele não gosta de gatos.
— Ah... Ele não vai gostar de me ver aqui de qualquer jeito?!
— Isso! Entendeu agora?
— Tendi... Tá. Não vou ser vista por ele, tá bom?
— Muito obrigada, minha bolotinha fofa!
— Nyah!
Combinadas, Meikume retornou então para a sala.
Chegando lá, seu pai estava sentado no sofá, relaxando depois de uma semana intensa de trabalhos e viagens.
— Ufa… — o jovem relaxava, olhando para a TV. — Finalmente em casa.
— Deve descansar mesmo, pai.
— Sim... Daqui a pouco sua mãe vai chegar. Acho que vou levá-la a um restaurante...
— Isso seria uma ótima ideia! — seus pensamentos deixaram claro seu alívio. — “E eu ia conseguir combinar mais coisas com a Meicoomon pra ela não ser vista!”
Mas não adiantou muito essa “combinação”.
Porque?
Bem, no vitral atrás onde seu pai estava, a felina apareceu, sorrindo, para desespero de Meikume.
Enquanto Meicoomon lhe acenava como se estivesse se despedindo no nível “até logo”, baús umas vez os gritos histéricos da jovem foram ouvidos.
— AH MAS O QUE ELA TÁ FAZENDO?!
— Ei… — seu pai quase pulou do sofá, bom o susto que tomou. — Porque está gritando, Mei? Ela quem?
— Ah... Tipo… — Meikume tentou disfarçar, ao jeito dela. — Ela, a talhadeira que fica estocando lá de longe e fica fazendo barulho! É isso, hehe...
— Talhadeira? Estocando? Mas… — ele tentou olhar pela janela.
— Esquece pai… — ela o impediu de fazer isso a tempo.
Meikume até ameaçou se levantar, mas, antes disso, a Meicoomon sinalizou que iria pular do prédio, onde ela estava no décimo andar.
A jovem sinalizou negativamente com a cabeça, para que a pequena não fizesse isso.
Mas quem disse que a felina entendeu?
Meicoomon simplesmente se jogou da varanda, deixando Meikume totalmente desesperada.
— AH MEU DEUS DO CÉU, PADIN! NÃO FAZ ISSO!
Isso assustou seu pai, e muito.
Ela ignorou tudo isso, indo até a varanda para ver onde estava a digimon, mas sem sucesso.
E o seu pai foi até lá, dizendo:
— Mas o que é que deu em você? Porque gritou daquela forma?
— Ah pai... Desculpa! É que eu me lembrei que tenho que ir comprar lápis novo pra desenhar porque amanhã tem teste de desenho! — disse, indo até seu quarto.
— Hã? Mas amanhã é domingo! — ele a acompanhou até lá.
— Ah é... Mas... Mas... Tipo... Eu tenho que aproveitar pra ir na venda hoje antes que ela feche! — ela pegou seu celular para sair.
— São quase oito horas da noite, Meikume! Você vai sair no meio da noite só pra comprar um mísero lápis? — seu pai estava confuso e preocupado dessa vez.
— Não! É O lápis! — a menina gritou a palavra, abrindo a porta em seguida.
Ela rapidamente deixou o seu lar, correndo feito uma louca pelo corredor até o elevador.
A noite, pelo jeito, seria longa.
数分後 (Minutos depois)...
新宿駅前広場 (Praça da Estação de Shinjuku)
時間: 08:30 PM
A famosa praça
Situada no coração da cidade, a imensa área de lazer era frequentada por praticamente todos os públicos possíveis.
Sendo o reduto de crianças no período vespertino e visitado por adultos à noite, o lugar era um point bastante agradável.
Inclusive, lá era o lugar onde Takato e seus amigos se reuniam no passado.
Mas, desta vez, o cenário era diferente.
Meikume presumiu que sua amiga digimon estaria por lá, já que a praça ficava em frente a seu edifício.
A noite estava fria, fato que Meikume nem se deu conta, principalmente pela baixa temperatura ambiente.
Caminhando pelas vielas abraçando o próprio corpo, ela gritava:
— MEICOOMON! CADÊ VOCÊ?!
Sem resposta, ela continuou a caminhar, procurando em cada canto.
Mas, um pouco a frente, avistou um grupo de adultos caminhando em sua direção, onde eles estavam cochichando:
— Nunca vi aquela pelúcia...
— Parecia até real...
— Se minha filha visse, com certeza iria querer que eu comprasse um brinquedo daquele...
Foi nesse instante que Meikume percebeu de que estavam falando da:
— Meicoomon! Então estou na direção certa!
Ela caminhou por mais alguns metros, até uma área onde havia um parque, com grades de escalada e um escorregador em forma de dinossauro.
Sentada à margem de um banco de terra, lá estava Meicoomon, sozinha e quieta.
As nuances da cena passaram despercebidas por Meikume. A garota, onde sua única preocupação era encontrar sua amiga, não tinha noção das circunstâncias.
Sob essa ótica, ela, animada, ficou aliviada ao encontrá-la.
— Meicoomon?! Nossa! Ainda bem que você está bem!
Meikume, então, se aproximou, dizendo:
— Então você está aí? Olha, não vou falar nada... Vamos voltar pra casa! — disse, segurando na mão dela.
Mas, para surpresa da jovem, Meicoomon puxou sua mão. Seu semblante era de completa indignação.
Esse foi um sinal de que a digimon não estava nada bem.
— Não! — ela negou o contato.
— Como é? — Meikume ficou surpresa com o comportamento. — Meicoomon, é perigoso você ficar aqui exposta!
— Perigoso porque? Voxê me disse que não tem nada perigoso nesse mundo pra eu me preocupar...
— Ah... Meicoomon… — ela novamente insistiu em pegar na mão da pequena. — Olha, depois a gente fala disso. Vamos embora…
Mas, para piorar, Meicoomon não só podia sua não mas deu um passo para trás.
Esse fim foi um ponto que Meikume não pôde ignorar.
A felina justificou sua negativa.
— Não! Se voxê quer mesmo que eu volte, então melhor começar a ser sincera comigo!
— O que? Mas eu estou sendo!
— Não está, não! Não me deixou falar com seu pai, disse pra eu ficar no quarto... Tem algo que voxê não quer me contar!
— Mei…
Pareceu que Meicoomon tinha mais noção do mundo a sua volta que Meikume.
Mais do que ela imaginava.
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