Hai to Gensou no Grimgar | Grimgar of Fantasy and Ash Volume 05 [Histórias Extras]




O Cliente Ruim de Olhos Sonolentos


Na cidade dos artesãos, no distrito sul de Altana, havia uma loja chamada Madam Yun’s. O marido dela tinha sido um famoso artesão de couro, que morreu de uma doença sexualmente transmissível conhecida. No entanto, Madam Yun, que herdou o negócio, não era artesã. Ela era apenas a esposa de um artesão.

Madam Yun mantinha os aprendizes de seu falecido marido na linha com uma mistura de rigor e incentivo, trabalhando duro para vender os produtos de couro que eles produziam. Com seu talento para conversar, personalidade afável e uma beleza que parecia não envelhecer, ela claramente tinha um grande potencial como empresária desde o início. Rapidamente, o negócio prosperou. Agora, dizia-se que, se você fosse comprar produtos de couro em Altana, a loja da Madam Yun era o lugar certo.

Para aprender com ela, Lenya se tornou sua aprendiz.

O pai de Lenya tinha sido um dos artesãos que trabalhava sob a supervisão da madam, e ele sempre dizia que não era possível uma mulher se tornar uma artesã—o que não era verdade, mas realmente era um ambiente dominado por homens, um trabalho pesado e que maltratava as mãos, além de que os salários não eram lá grandes coisas.

Olhando objetivamente, seu rosto era comum, seu corpo era mediano, sua voz não era especialmente atraente e, bem, ela era, no geral, uma garota bem simples. Se levasse uma vida “normal”, ela se casaria com um homem mediano, teria filhos medianos e viveria uma vida mediana.

Na verdade, se a vida que ela levasse fosse mediana, isso já seria algo bom. Ela poderia se casar com um homem que parecesse mediano, mas que na verdade fosse um inútil, e acabaria sofrendo por isso. Se isso acontecesse, como uma mulher mediana, não teria outra escolha senão suportar em silêncio.

Ela não queria isso. Era sua vida, e ela queria fazer algo com ela nos seus próprios termos. Ela queria poder viver como bem entendesse. Para isso, precisava de dinheiro...

Com isso em mente, ela procurou a madam e, agora, já trabalhava para ela há três anos. Lenya havia se tornado uma vendedora capaz. Seu pai tinha sido um artesão, então ela conhecia o produto, e depois de começar o trabalho, descobriu que era boa com números. Se ela usasse um top de couro justo, uma saia curta de couro e botas de couro amarradas, até mesmo a Lenya, de aparência comum, podia fazer o coração dos homens acelerar por um momento.

Aquele cliente não parecia promissor. O instinto de Lenya como vendedora estava lhe dizendo isso.

Ele havia passado quase uma hora olhando pela loja, onde os produtos de couro estavam lindamente expostos, às vezes de forma ousada, e depois ficou mais meia hora agachado em frente a uma das prateleiras, pegando os produtos, devolvendo-os, pegando-os de novo, examinando-os e, em seguida, colocando-os de volta na prateleira.

Ele ainda era jovem, um soldado voluntário em seus anos de adolescência. Tinha olhos incomumente sonolentos. Ele suspirava repetidamente, olhando para o teto e torcendo o pescoço. Quanto tempo ele planejava agonizar sobre aquilo? Se ela chamasse um cliente assim, ele geralmente se intimidaria e fugiria da loja. Ela o havia deixado em paz por saber disso, mas ele era do tipo que agonizava para no fim não comprar nada. Lenya decidiu intervir e se aproximou do soldado voluntário.

Com licençaaaa — disse ela com um sorriso, empurrando o soldado para o lado enquanto arrumava os produtos.

O soldado voluntário se levantou rapidamente, dizendo: — Ah! D-Desculpe, — mas não fez menção de sair.

O que, ele não vai embora? ela pensou.

O soldado a olhava com os olhos virados para cima, como se quisesse dizer algo. Sem outra escolha, ela perguntou: — Você está procurando algo em específico?

Pode-se dizer que sim — respondeu ele, sem chegar ao ponto.

Ela sabia exatamente qual produto ele vinha analisando de todos os ângulos, claro. Eram essas calças de couro. Ela empurrou um par de calças de couro bem na frente do rosto do soldado.

Estas ficariam bem em você, sabe? Quer experimentar?

N-Não. Ah, mas... Hm... Na verdade. Ah, desculpe, com licença... — disse o soldado enquanto recuava, e então se virou e saiu da loja.

Se você vai fazer isso, então já vai tarde, ela pensou, furiosa. Você e seus malditos olhos sonolentos.

Ela lançou veneno para ele mentalmente, mantendo um sorriso no rosto enquanto organizava as prateleiras e ajudava outros clientes a experimentar e comprar os produtos da loja... por cerca de uma hora. Então, quando voltou para aquela prateleira, o jovem soldado voluntário, que ela achava que havia saído da loja, estava agachado lá novamente, olhando para as mesmas calças. Quando foi que ele voltou?

Oh... — Quando o soldado voluntário viu Lenya, ele inclinou a cabeça em sinal de cumprimento.

Lenya, instintivamente, respondeu: Bem-vindo de volta e o cumprimentou com um sorriso, mas... se ele tinha entrado na loja sem que ela percebesse, esse cara não era um cliente comum. Ela era uma vendedora habilidosa e tinha um controle firme de tudo o que acontecia na loja. Não, ela controlava tudo. Ela precisava controlar. Lenya se agachou ao lado do soldado voluntário.

Aconteceu alguma coisa? Eu realmente acho que essas ficariam ótimas em você. Usamos um processo especial no couro, é incrivelmente durável. É silencioso e flexível também, sabe? Deixe-me te dizer, é uma pechincha por esse preço. O que acha?

Eu vou fazer ele comprar. Se chegou a esse ponto, não vou deixar ele sair daqui sem levar essas calças. Lenya começou a explicar o produto de forma insistente para o soldado voluntário.

Não... hum... — O soldado piscou, com o rosto ficando vermelho.

Ela pensou: Só mais um empurrão

Ele se levantou.

Posso experimentá-las?

Fique à vontade — respondeu Lenya imediatamente, pegando o braço do soldado voluntário e o arrastando até o provador.

Dentro do provador, o soldado murmurou:

...Sim. Elas caem bem — então, ela estava certa de seu sucesso. Agora ele estava na palma da mão dela. Sucesso. Ele iria comprá-las. Sem dúvidas. Naturalmente que sim. Quando Lenya usava sua magia, era fácil assim. O que ele achava disso?

Logo o soldado voluntário saiu do provador e entregou as calças de couro para ela.

Vou deixar passar, afinal.

...Hã? Mas, bem, elas cabem...

Elas cabem perfeitamente. Desculpe, mas... bem, eu ainda posso usar as que tenho, então acho que não preciso comprar um novo par.

Mas, hum...

Já decidi. Desculpe mesmo — disse o soldado voluntário, com os olhos sonolentos e uma estranha determinação, antes de sair da loja como se estivesse fugindo. Ele estava hesitando. Realmente hesitando, então... o que foi isso? Ele parecia realmente que iria comprar.

Um dia, ela iria matar brutalmente esse soldado voluntário.

A vendedora competente, Lenya, manteve um sorriso como máscara enquanto se irritava pelo resto do dia.


Mestre


Itsukushima não sabia o que fazer. Ele era um caçador. Vivia como caçador há vinte anos e também era um soldado voluntário, mas, por querer viver de forma mais pura como caçador, quinze anos atrás ele decidiu ajudar a instruir seus juniores na guilda enquanto vivia seu estilo de vida ao máximo.

Para os jovens caçadores, ele não era um instrutor fácil. Na verdade, provavelmente era visto como muito rígido.

Então, Yume tenta fazer o que o Mestre está ensinando, ou pelo menos tenta, mas ela não consegue acertar e vem se perguntando o que pode fazer, mas já não sabe mais o que fazer... — Yume disse entre soluços.

N-Não é tão ruim assim... — Itsukushima gaguejou. — N-Não chore, Yume...

Mas, Mestre, você tenta tanto ensinar Yume, mas ela não consegue fazer nada certo. Yume está muito frustrada com isso, sabe.

E-Eu sei que você está se esforçando também...

Reeealmente?

R-Realmente.

Mas, sabe, com todo o esforço que ela tem feito, Yume quer ser capaz de fazer bem as coisas — ela fungou.

...E-Eu imagino que sim. Eu também quero que você faça bem.

Aham. É por isso que Yume vai se esforçar muito!

S-Sim. Continue assim.

Mestre, obrigada! Yume te adora!

I-Idiota, você não deve me abraçar! — gritou Itsukushima.

Ele afastou Yume e segurou a cabeça. O que estou fazendo comigo mesmo? O queeeeeee?! Eu sou rígido. Sou um professor rígido. Todos dizem isso. Não há ninguém que não diga. Então, por quê?

Mas, quando ele olhou para Yume, que ele tinha afastado, com os olhos brilhando de lágrimas, ele sentiu as bordas de seus próprios olhos se aquecerem, como se ele também fosse chorar!

N-Não chore, Yume! — Incapaz de aguentar mais, ele acariciou a cabeça de Yume. — Não chore, por favor. Tá bom?

Tá bom — Yume assentiu e secou as lágrimas. — Yume vai dar o seu melhor. Ela não quer envergonhar o Mestre, sabe. Yume vai se esforçar muito, então o Mestre tem que ser beeem, beeem rígido com ela.

...B-Beeeem rígido... — Itsukushima balançou a cabeça. — N-Não posso, Yume... Não posso ser tão rígido com você...

Bem, que tal só um pouco rígido? Consegue fazer isso? — ela perguntou.

...Só um pouco rígido, hein. Acho que posso fazer isso...

Yume quer que você faça isso. Ela vai se esforçar muito para alcançar o Mestre.

C-Certo. Um pouco rígido, entendido. Deixe comigo, Yume.

Yume vai deixar isso com o Mestre!

O-Ok.

Itsukushima relutantemente retirou a mão com a qual estava acariciando a cabeça de Yume.

Ahhh, droga, o que é isso? Se eu tivesse me casado e tivesse uma filha, seria assim? Droga. Quero me casar. Não ligo muito para ter uma esposa, mas quero uma filha. Se eu tivesse uma filha como ela... Não, mas eu já tenho a Yume. Não, mas a Yume não é minha filha, droga, droga, droga.

Itsukushima escondeu sua angústia, exibindo para ela um sorriso (provavelmente) estoico.

Venha comigo, Yume.

A Yume vai seguir o Mestre! Para qualquer lugar, e para sempre!

Para sempre... Essa palavra fez seus olhos se encherem de lágrimas novamente, e ele virou as costas para Yume. Antes que percebesse, ele se pegou pensando: Se a Yume conseguir dominar essa habilidade, o que eu deveria comprar para ela como recompensa?


Se é o que Precisa Ser Feito


Eles não estão me seguindo, né?

Ranta espiou das sombras, checando o caminho à frente. Ele estava observando as costas de um lorde vestido de preto, uma figura que parecia flutuar como uma névoa negra de calor.

Ele estava de tocaia perto da guilda dos cavaleiros das trevas e estava seguindo esse lorde pelos últimos trinta minutos. O lorde nunca tinha olhado para trás, e Ranta achava que não tinha sido notado. No entanto, o lorde não estava indo a um lugar com muita gente. Algo estava estranho.

O lorde parou. Ah, droga. Parecia que ele ia se virar. Ranta se escondeu. Então, após um tempo, ele espiou novamente.

Ninguém estava lá.

Desapareceu.

Aquele lorde tinha seios. Havia apenas uma lorde mulher, a mesma que Ranta estava secretamente de olho. Ranta não sabia bem o que queria fazer com ela, mas estava focado nela. Ele tinha se decidido a segui-la.

Droga! — Ranta saiu das sombras e correu até o lugar onde havia perdido o lorde de vista. Ele deu uma boa olhada ao redor, mas realmente não havia sinal dela. Frustrado, ele bateu o pé no chão, e então... ouviu uma voz fria de mulher atrás dele.

Escravo tolo. Será que deseja ser abraçado por Skullhell?

Uou?!

Ele rapidamente começou a se virar, mas a mulher disse: — Não olhe. Se olhar, eu vou mandá-lo para Skullhell.

...S-S-Sim senhora, e-eu não... vou olhar.

Mas, era uma daquelas coisas, né? Seria um problema para ela se ele olhasse, então ele não deveria olhar. Em outras palavras, o lorde, nesse momento, estava sem máscara? Ela estava mostrando o rosto? Ele queria ver. Para descobrir se ela era bonita ou não. Ele sentia que era. Tinha que ser muito sexy. Sem dúvidas. Ele queria ver. Descobrir. Se ele descobrisse que ela era uma beleza, ele morreria feliz. Não, talvez não? Ele não queria morrer, mas queria ver. Ela não iria realmente matá-lo, né? Seria tranquilo, né? Só uma espiadinha. Sim. Estaria tudo bem! Ela seria gostosa! Uma professora sexy!

Com a decisão tomada, ele se virou para olhar, pelo que levou um soco no rosto e perdeu a consciência por um momento. Quando se deu conta, estava deitado no chão, com os braços e pernas esticados. Não havia mais ninguém por perto. Apenas Ranta. Seu nariz estava sangrando. Ele também tinha um corte na boca. Mas... ele viu. Ele se lembrava.

Ranta.... Sorriu.

Heh... Eu sabia que ela era gostosa...


Coração de Garota


Sempre que Shihoru tinha uma chance, ela se exercitava.

Ela se alongava e tentava melhorar sua postura o máximo possível. Sempre que se lembrava, ela se equilibrava nas pontas dos pés. Contraía o abdômen o máximo que podia enquanto caminhava. Fazia tudo que podia pensar, e ainda assim...

Dentro da tenda, Shihoru beliscou sua lateral.

...ela tinha engordado de novo.

Não fazia sentido. Quase todo dia, ela caminhava pelo Buraco das Maravilhas. Ela lutava, e se esforçava o máximo que podia. Não podia simplesmente parar de comer, mas se esforçava para não exagerar. Não havia motivo para estar engordando... nenhum que ela pudesse pensar. E, no entanto, claramente estava.

Ela ouviu a respiração suave de Yume, que dormia ao seu lado. Agora há pouco, ela tinha murmurado alguma coisa. Mary estava dormindo? Shihoru não sabia dizer. Mary tinha sorte. Comia bastante, mas era esbelta. Yume tinha uma quantidade saudável de carne no corpo, e embora não pudesse ser chamada de magra, ela não parecia se importar. Era a Yume, afinal. Isso era fofo de sua própria maneira, e Shihoru achava que estava bem.

Shihoru não estava bem. Ela já não tinha nada a seu favor, e se engordasse, seria ainda pior. Ela não podia deixar isso acontecer. E, mesmo assim, estava engordando.

Shihoru se virou de lado. Seus seios estavam no caminho. Por que ela tinha que ter essas coisas? Eles faziam seus ombros doerem, e ela suava. Ela desejava que seus seios simplesmente desaparecessem. Se ela perdesse peso, eles deveriam diminuir. Como ela poderia perder peso? Jejuar era realmente a única opção? Mas, se isso diminuísse sua resistência, causaria problemas para os outros. Isso não era bom; ela não podia fazer isso.

Ela ouviu alguém se levantar. Mary. Mary saiu da tenda.

Será que ela foi ver o Kuzaku-kun de novo, talvez?

Hmph...

Ela soltou uma risada amarga. Mary tinha sorte. Seu corpo era ótimo, ela era linda e tinha um namorado. Não que Shihoru soubesse se eles estavam saindo ou não. Mas ela tinha certeza que sim.

Enquanto isso, Shihoru estava engordando, não era fofa e não havia a menor chance de conseguir um namorado.

Ela queria emagrecer. Se conseguisse apenas isso, sentia que poderia ser mais positiva.

Não existe um? — ela murmurou. Um feitiço para me deixar mais magra?

Se existisse, ela desejava que alguém a ensinasse. Não que ela achasse que algo tão conveniente existisse.


Suco de Tomate do Amor


Hm-hm, hm-hm-hmmm.

Tada estava cantarolando enquanto olhava para uma panela. Dentro da panela havia água fervente e fatias de tomates vermelhos e maduros. O vapor estava embaçando os óculos de Tada.

Hmm-hm-hmmm. Hm-hmm-hmm.

Wow. Fazendo o de sempre, né? — Anna-san se agachou ao lado de Tada e olhou para dentro da panela.

Os Tokkis, a party liderada pelo paladino Tokimune, estavam acampados em tendas perto do Posto Avançado do Campo Solitário, como outros soldados voluntários. Eles não eram do tipo que guardavam dinheiro, e frequentemente perdiam coisas (até mesmo coisas grandes, como tendas não eram exceção), então tinham três tendas baratas que estavam quase caindo aos pedaços. Os utensílios que Tada usava eram apenas os que tinham conseguido pegar nas ruas do posto avançado, mas os tomates tinham sido cuidadosamente escolhidos.

Hmm-hmmm. Hm-hm-hm-hmmm-hmmm.

Tá quase pronto, yeah? — Anna-san perguntou.

Nah, ainda vai demorar um pouco.

Você é muito exigente, né. Seu pedaço de esterco de cavalo.

Você que não entende, Anna-san.

Tada deu um leve sorriso, tirou os óculos e se afastou um pouco do vapor. A condensação rapidamente desapareceu, então ele colocou os óculos de volta. — Existe um jeito certo de fazer um bom suco de tomate. Aqui.

Tada tirou a panela do fogo e a colocou no chão. — Você faz assim, mais ou menos a grosso modo.

Você é grosso à noite também? — Anna-san perguntou.

Depende de com quem eu estou. Mas estava falando de um “grosso” diferente.

What the hell?!

Quero dizer, você tem que deixar esfriar um pouco.

Isso é algum segredo de romance?! — Anna-san gritou.

Nada disso.

Why?!

Anna-san, você só pensa em amor, né.

Oh. Um caso de amor? — Anna-san perguntou.

Nah, não saberia. Você se apaixonou por algum cara?

...O-Q-Que você tá perguntando de repente?! — Anna-san ficou vermelha e começou a se mexer inquieta.

Tada deu um tapinha na cabeça dela. — Não precisa ficar tímida. Vou orar pela sua felicidade. Orar como louco. Se você encontrar um cara que goste, me avise. Vou dar um jeito nisso.

...D-Dar um jeito? O que você vai fazer, hein?

Bem... — Tada inclinou a cabeça para o lado, pensativo, enquanto olhava para a panela. — Primeiro, eu prendo ele.

Wha?!

Depois, vou fazer ele ficar imóvel.

My God?!

E então, você faz o que quiser com ele, eu acho.

Qualquer coisa, hein...? — Anna-san perguntou.

Qualquer coisa.

No! — Anna-san deu tapas repetidos no ombro de Tada. Não doeu. — Não é isso que a Anna-san quer, No! Eu quero algo mais doce, o romance mais doce, yeah?!

Sem sexo, então? — ele perguntou.

Sexo vem depois, tá! Espera, sexo?! O que você tá fazendo essa waffle and sexy lady dizer?!

Waffle? — Tada perguntou, perplexo.

Eu falei errado! Foi um deslize! Minha boca está fora de controle, tá?!

Você é bem madura, hein, Anna-san. Vai começar provocando com oral, né?

O que isso sequer quer dizer?! Primeiro vem o encontro, tá?! — Anna-san gritou.

É aí que você quer começar?

Óbvio, né?!

Bem, você é virgem e tudo mais.

Why?! Como você sabe disso?!

Claro que eu sei — ele disse.

Estamos falando de você, afinal.

...Tada — disse Anna-san lentamente.

O quê?

Talvez... você tenha sentimentos pela Anna-san? — Anna-san olhou para baixo, se remexendo dez vezes mais do que antes.

Tada caiu na risada e, em seguida, ajustou os óculos com o dedo indicador da mão esquerda.

Eu adoraria transar com você uma vez—não, talvez três vezes—mas não mais que isso. Antes disso, no entanto, virgens são um pé no saco de lidar, então talvez eu nem queira, afinal.

Seu idiota!

Ai!

Anna-san bateu com toda a força na cabeça dele. Por um instante, Tada ficou irritado, mas, bem, era a Anna-san, então decidiu perdoá-la.

Por que você tá brava, Anna-san? — ele perguntou.

É claro que eu fico brava, né?! Os sentimentos que estão explodindo no peito da Anna vão além da raiva e se transformam em fury, Yeah?!

Hmm. É assim que funciona? Não faço ideia.

Você pisoteou o meu coração de donzela, Tada!

Pisoteei, é? Bem, foi mal.

Se você entendeu, então tá, yeah?!

Mesmo que eu tivesse a chance de ficar com você, eu não faria. Você é preciosa demais.

Tada... — começou Anna-san.

Além disso, talvez eu nem consiga ficar excitado por você.

Fuck you! Kill you!

Ai! Ai! Argh!

Os punhos de Anna-san caíam sobre Tada como uma chuva. Estava doendo bastante, ele estava meio irritado e, de vez em quando, sentia vontade de matá-la, mas era a Anna-san, então ele deixou passar.

Sim, isso é amor, pensou Tada.

Tada amava Anna-san tanto quanto um copo bem-feito de suco de tomate.


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