Death March Web Novel Online 6-25
[Batalha na Cidade Muno – Parte
3]
Satou aqui. Muito tempo atrás, um amigo meu estava nas últimas, desesperado a procura de um emprego. Neste tempo, ele acabou seduzido por uma seita estranha que o abraçou, mas que o prendeu a eles até a beira do colapso financeiro. Histórias como essa são bem antigas e a mesma coisa acontece em um mundo paralelo, embora a tática usada possa ser um pouquinho diferente.
◇◇◇
Graças à Pochi, nos aproximamos mais da família do barão, e com a ajuda do Ossan, verifiquei diversas coisas, mas...
— Então, sua excelência não ordenou que coletassem da população presentes para parabenizar o casamento de sua filha?
— Claro que não. O cônsul me informou que este ano tivemos uma colheita ruim, portanto se fizéssemos algo assim, o povo morreria de fome.
Na verdade, as pessoas estão abandonando as crianças e os idosos.
— O senhor sabia que cada vila está vendendo seu povo a ponto de os mercadores até evitarem elas?
— Hmm? Não posso dizer que todas as vilas sejam prósperas, mas não estamos cobrando impostos a ponto de eles passarem fome. E este ano, de acordo com a sugestão do cônsul, deveríamos ter compartilhado mais comida com eles, não?
Os camponeses que conheci estavam todos magros, desde os servos até o chefe da vila. Não acho que o chefe da vila estivesse desviando comida.
— Havia uma garota que saltou na frente da nossa carruagem hoje. O cocheiro disse que as carruagens não devem ser paradas, mesmo que isso mate o civil atropelado, isso é verdade?
— Infelizmente, isso é verdade...
Ah, ele está confirmando isso.
No entanto, o rosto do barão ficou sombrio. Ele não demonstrava ser uma pessoa que considerava pessoas pobres como “lixo na beira da estrada".
— Satou-sama, há uma razão para isso. Ano passado, a carruagem que eu e minha irmã estávamos acabou atropelando uma criança. Nós imediatamente saímos da carruagem e fomos ajudar a criança, mas fomos cercados em um instante e quase fomos sequestradas, desuwa.
— Está falando da vez que nos conhecemos, querida? Não eram as crianças e as pessoas que nos cercaram partes de um grupo de ladrões chamado [Rebeldes em Muno], que estava infiltrado na cidade? Foi o cônsul que me contou depois que eles eram ladrões.
— Querido, você foi tão maravilhoso naquela vez.
Ignoro a filha e o herói que começavam a flertar. Além disso, de acordo com a filha, a mesma situação aconteceu mais cinco vezes depois disso. As filhas se envolveram diretamente nas mesmas situações duas vezes, as outras ocorreram com as criadas e oficiais de alta patente. Particularmente no último incidente envolvendo um oficial de alta patente, a carruagem dele foi derrubada deliberadamente por um ataque lateral.
Isso era estranho, embora eles possam já ter sido exterminados, não havia ninguém afiliado a uma organização chamada [Rebeldes em Muno] dentro dos muros da cidade. Claro, como ainda havia pessoas ligadas ao submundo aqui e ali, mas era difícil julgar se se alguém era ladrões ou não apenas olhando pela [Recompensa e Punições]. Porém, até onde o meu mapa podia alcançar, ninguém com afiliação [Ladrão] surgiu.
— O imposto sobre imigração também foi uma sugestão do cônsul?
— Na verdade, houve incidentes onde jovens e crianças deste território foram sequestradas e forçadas a se tornarem escravas em territórios vizinhos. Por sugestão do cônsul, foi decidido colocar um imposto pesado sobre pessoas que não sejam comerciantes legais de escravos ou que não tenham permissão do chefe da vila para evitar mais ocorrências.
Então foi por boa intenção, hein?
Nenhum nobre em pleno juízo gostaria de diminuir a sua população, então dependendo do ponto de vista, as taxas poderiam ter aspecto positivo também.
— A propósito, não vi soldados ou cavaleiros no portão?
— Umu, recebemos apelos de vilarejos e mercadores sobre o aumento de vítimas de ladrões, então mobilizamos todo o exército para subjugá-los. Como o cônsul disse que não haveria problema, mesmo que os ladrões atacassem com o portão fechado, aprovei o plano imediatamente.
Ok, duvido disso.
Ele não disse que os ladrões atacaram a carruagem dentro da cidade mais cedo? Atualmente, não tinha nem 10 soldados dentro da cidade, sendo apenas um deles um cavaleiro propriamente. O restante da força eram muito pequeno, mesmo que todo o exército tivesse sido deslocado para subjugação. Para ser franco, era algo impensável.
— E quanto aos ladrões que estão escondidos na cidade?
— Está tudo bem, pois o cônsul disse que está estaria.
— Além disso, não importa quantos ladrões estejam atacando, eu os exterminarei com esta espada sagrada!
O falso herói complementou as palavras do barão. Depois disso, ele voltou a flertar com a jovem novamente, o que prontamente ignorei.
O cônsul, hein? Ele tem uma confiança e tanto sobre seus ombros.
Hmm? Agora que pensei nisso, aquele que todos chamavam de [O Cônsul] só pode ser ele. Procurei por “Cônsul” no [Mapa], mas não encontrei qualquer pessoa com este título não apenas na cidade, mas em todo o território.
— Se possível, eu gostaria de conhecer esse cônsul pessoalmente.
— Mas é claro. Embora ele esteja um pouco ocupado no momento, acredito que o encontraremos no prédio ao lado quando tiver terminado.
O prédio ao lado, hein? Na verdade, não tem nenhum cônsul por lá.
Isso significava que, quem eles chamam de cônsul era na verdade o demônio. Decidi pergunto sobre o nome dele para ver se não tinha ninguém com o mesmo nome na prisão.
— Todos o têm chamado cônsul há algum tempo, mas estou me perguntando qual seria o nome dele.
— Hmm, como era mesmo? Perdoe-me, sempre o chamei de cônsul e por isso o nome não me veio a mente. Isso é uma daquelas coisas que acontecem conforme envelhecemos.
Tento perguntar para a filha.
— Hmm… tenho a impressão de que eu o chamava pelo nome quando era pequena, mas desde que passei a me referir a ele apenas de cônsul nos últimos anos, não consigo recordar.
— Me desculpe, sempre o chamei de cônsul desde o começo, então não sei.
As criadas também não sabiam. Uma situação como essa seria impossível normalmente. Faria sentido se a pessoa a qual esqueceram fosse alguém sem muita presença, mas era muito estranho que ninguém soubesse o nome de uma pessoa de alto escalão administrativo.
E a coisa mais estranha era — olho para as pessoas que responderam às minhas perguntas — ninguém achou que isso fosse estranho.
◇◇◇
— Hmm? O que é aquilo?
O falso herói olhou para o lado oposto da varanda e fez uma pergunta.
Havia muitas portas, tão altas quanto uma pessoa, levando até a varanda dessa sala, e todas estavam abertas. Como a sala ficava no andar superior de um edifício em um terreno elevado, deveria estar fria, mas parecia que o fluxo de ar entre a sala e o exterior estava bloqueado por uma magia chamada Cortina de Ar.
Não apenas bloqueava mas dava a forte impressão de que algo estava sendo lacrado. E a vista da varanda mostrava toda a rua central, desde o portão do castelo até o portão principal, sem obstrução.
O que o herói queria dizer provavelmente era sobre a sombra negra que parecia pessoas em forma de grãos saindo em grande quantidade pela rua central.
O que aconteceu?
Uma das empregadas disse: "Vou perguntar sobre isso", e saiu da sala. Pelo que eu vi no mapa, cerca de 10 esqueletos apareceram em dois cemitérios, cada um. Claro, todos os corpos divididos do demônio estavam na floresta ao lado de um prédio separado.
Eu vasculhei a cidade e encontrei o culpado. Existem pessoas que sabem usar [Magia Fantasma] perto dos esqueletos.
Como essas pessoas não apresentavam status anormais, provavelmente foram subornadas pelo demônio que se disfarçou de cônsul para causar tumulto.
Ao que parecia, os esqueletos estavam apenas atiçando a multidão, sem causar qualquer vítima, mesmo que parecesse um ataque. No entanto, muitas pessoas perceberam os esqueletos e estavam correndo para o portão principal ou para o portão do castelo.
Considerando o histórico desta cidade, era compreensível o pânico das pessoas, mas sem sombra de dúvida deveria haver pessoas escondidas no meio da população para instigar uma revolta.
Os outros também se dirigiram para onde o herói estava. Logo, todo mundo foi para a varanda também.
Arisa estava puxando minhas mangas.
— (Ei, você não acha que o cônsul é o responsável por isso?)
— (Eu acho. A propósito, aquele cara é um demônio.)
— (D-demônio? Com base no que?)
Ah, fiquei tão perdido em meus pensamentos que respondi sem pensar.
Bem, tudo bem.
— (Não tem ninguém com o título de cônsul neste castelo. Em vez disso, há um fragmento de nível 1 do demônio.)
— (Nível 1? Isso é impossível, o corpo principal deve estar por perto!)
Eu decidi contar a situação para ela.
— (O corpo principal está na floresta perto da cidade.)
— (O quê?)
— (O exército do barão, com mil homens, estava lutando contra 3 mil semi-goblins na floresta, mas estes foram aniquilados devido ao uso de uma magia Psíquica para instigar fogo amigo. Os outros 10 corpos divididos estão na floresta criando zumbis. Há cerca de 100 zumbis marchando em direção à cidade de Muno em grupo. Além disso, os que estão escondidos na floresta estão transformando ladrões e bestas em zumbis.)
— (Sério!?)
— (É super sério mesmo.)
Fazia um tempo desde que usei essa expressão.
Acho que já falei para Arisa sobre o mapa e a busca... mas talvez ela tenha pensado que só funcionava para centenas de metros.
Não falei para ela que poderia cobrir todo o território, já que não queria que ela deduzisse que se tratava de uma habilidade única.
Opa, preciso contar um pouco mais a ela. — Fui passando os detalhes sobre o demônio sucessivamente.
— (Então, você ia marchar tranquilamente para o lugar onde tem um demônio de nível 30 sozinho?)
Arisa ergueu as sobrancelhas e se aproximou de mim.
— (Bom, já estou indo, e o corpo principal está na floresta, certo?)
— (Você se esqueceu dos esqueletos? Além disso, o cônsul é somente um fragmento, certo? O que você faria se o corpo principal tivesse a capacidade de trocar de lugar com ele?)
Eu pretendia derrotá-lo caso isso acontecesse.
— (Bem, temos uma espada sagrada para essa hora. Já que temos o herói falso e seus amigos.)
— (Se você vai depender de pessoas assim, deveria ter trazido a Liza e os outros também, assim poderíamos fazer algo, mesmo se formos atacadas!)
— (Demônios são muito versados em ataques mágicos, então estou preocupado que a Liza e as outras pudesse ser manipuladas.)
— (Eu já não te falei para que, ao invés de nós escravas, você priorize mais a si mesmo!)
Eu acalmei Arisa, que estava brava por causa da preocupação dela.
Em momentos como esse, eu deveria desviar do assunto e afastar a discussão.
— (Arisa, mesmo que o demônio seja o mestre por trás disso, você não acha que a condição de todos está estranha?)
— (Com base no que você disse, provavelmente a causa é a Magia Psíquica do demônio.)
— (Mas, ninguém está sofrendo de status anormais, sabia?)
— (Esse é o ponto. É por isso que a Magia Psíquica é estritamente proibida.)
Agora que penso nisso, esse demônio era a primeira coisa que vi com Magia Psíquica desde a Arisa.
— (Se você usar Magia Psíquica repetidamente, como [Confiança], [Inibição Cognitiva (Jamming)] e [Manipulação do Senso Comum (Lurk)] por muito tempo, é possível fazer lavagem cerebral nas pessoas.)
— (Lavagem cerebral?)
— (Vejamos... se você usar a magia incitando que “corvos são brancos” nas pessoas, eventualmente, quando você perguntar [Qual a cor dos corvos?], elas responderão [Branco]. Mentiras podem se tornar verdade se você formar uma base fácil de acreditar com magia. Embora, claro, existam diferenças individuais.)
Mais do que fantasia, parece mais com algum tipo de nova religião.
— Há alguma maneira de desfazer isso?
— Isso seria difícil. Poderia ser feito se gastássemos nosso tempo pacientemente, mas é impossível remover com uma única magia.
Aparentemente, existiam feitiços para cancelar a manipulação da consciência, mas para feitiços distorciam seu senso comum, a coisa era mais complicada.
Embora pareça haver uma maneira de reverter a lavagem cerebral, levaria tempo.
Se gostou do capítulo, compartilhe e deixe seu comentário!