Death March Web Novel Online 6-24
[Batalha na Cidade Muno – Parte
2]
Satou aqui. Certa vez, um amigo me disse que a cultura Moe salvaria o mundo. Em verdade, admirar coisinhas fofas alegram o nosso dia independente do mundo em que esteja. De forma inexperada, talvez a cultura Moe possa realmente salvar o dia.
◇◇◇
Eu sabia pelo [Mapa] que o castelo do barão era imenso, mas, depois que entrei nele de fato, revelou-se ainda mais vasto do que imaginava. Nos arredores, ainda tinha uma floresta e um grande lago que ocupavam cerca de três vezes a área do próprio castelo.
As pessoas ocupavam apenas uma pequena porcentagem de todo o território.
Será que não era difícil manter tudo aquilo?
Hayuna-san e os outros haviam se separado de nós, já que não estavam envolvidos nos problemas.
Estávamos seguindo em direção a uma enorme mansão de quatro andares localizada, não no castelo em si, mas em uma colina na mesma propriedade. O que não era um problema, pois o barão, Hayuna-san e os demais estavam lá. E claro, o falso herói encontrava-se próximo ao barão.
O corpo dividido do demônio também estava presente, mas a uma certa distância do barão. Seu corpo verdadeiro, no entato, permanecia dentro da floresta, como de costume. Parecia que ele não participava da batalha diretamente, deixando os soldados goblins lutarem em seu lugar.
Será que o demônio planejava se divertir vendo os dois lado se matarem?
Enquanto pensava nisso, a carruagem entrou no pátio circular em frente à mansão.
Embora não tivesse um tapete vermelho estendido, cerca de 20 empregadas estavam alinhadas à esquerda e à direita para nos receber.
Mesmo sendo empregadas, não usavam aventais ou toucas brancas, mas vestidos simples de cor azul-marinho. Provavelmente era o uniforme, já que todas estavam usado o mesmo.
Pude sentir Pochi olhando ao redor inquieta atrás de mim, mesmo sem vê-la. Deixei isso a cargo de Arisa, que a advertiu em voz baixa.
— Sejam bem-vindos. É um prazer recebê-los, Mago Satou-sama e as pequenas damas.
Um homem vestindo uniforme de mordomo nos cumprimentou. Agradeci pela recepção grandiosa, embora quisesse perguntar por que ele me chamou de Mago e não de Mercador.
— Se tiverem bagagens, permitam-me carregá-las.
Como o mordomo disse isso, entreguei a ele minha bolsa, a faca e o bastão curto que carregava na cintura. A faca era apenas um acessório ornamental para combinar com minhas roupas, transmitindo uma sensação de sofisticação.
No entanto, o mordomo pegou apenas a bolsa, devolvendo a faca e o bastão.
— Satou-sama, está tudo bem levar o punhal e a varinha para autodefesa.
— Não seria descortês da minha parte portar armas na presença do barão?
Perguntei por via das dúvidas, mas o mordomo balançou a cabeça lentamente, negando.
— Não há com o que se preocupar. Essa é uma ordem do cônsul. Além disso, há uma pessoa verdadeiramente confiável ao lado do barão. Ele não será ferido, a menos que seja o próprio rei demônio atacando.
— Ah, isso é impressionante. Gostaria muito de conhecer essa pessoa.
— Tenho certeza de que ficará surpreso. Por favor, aguarde com expectativa.
A pessoa de quem ele falava devia ser o herói falso. Contudo, permitir que visitantes carregassem armas parecia confiança demais nesse herói falso.
Ou será que o objetivo do demônio era deixar alguém causar problemas?
Seguimos o mordomo, que nos guiava pelo caminho com duas empregadas também nos acompanhando. Pensei que poderiam ser cavaleiras disfarçadas monitorando nossos movimentos, mas, ao verificar seus níveis e habilidades, percebi que eram realmente empregadas.
No entanto, o que seria essa leve sensação de desconforto que eu estava sentindo?
◇◇◇
Chegamos em frente ao quarto do barão, guiados pelo mordomo.
Arisa apertava os punhos com força.
Será que estava preocupada com o sonho?
Assim que entramos na sala, Arisa olhou para o barão e, então, relaxou, exibindo um evidente alívio. Com isso, parecia que ela havia confirmado que o sonho não era profético.
Graças a ela, também me senti um pouco mais tranquilo. Por conta do incidente de atropelamento que enfrentamos no caminho, minha mente estava cheia de pensamentos sombrios sobre como encarar o barão. Era melhor confirmar a pessoa em si antes de tirar qualquer conclusão.
— Ah, você finalmente chegou! Primo-dono, deixe-me apresentá-los: Satou-dono, o Mago, e Arisa-dono, a Mercadora. Hum, aquela ali deve ser a irmã mais nova de Arisa-dono, imagino.
Assim que entramos no quarto, conforme o mordomo havia indicado, Toruma-shi (ossan), que estava à vista, nos apresentou ao barão.
Pensando bem, nunca disse que Arisa era uma escrava, não é?
Seu colar estava escondido pelas roupas, então não tinha como aquele sujeito alheio ao que acontecia nas entre-linhas ter percebido. Ainda assim, do ponto de vista dele, Arisa era uma mercadora.
No entanto, gostaria de elogiá-lo por não ignorar Pochi.
— É uma honra conhê-lo, sua excelência. Eu me chamo Satou, Embora inexperiente, um Mago e principalmente um Mercador.
Fiquei um pouco perdido, mas decidi enfatizar a parte do mercador.
Arisa fez uma reverência segurando a barra da saia sem dizer seu nome. Pochi, depois de olhar ao redor inquieta, imitou o gesto de Arisa e também fez uma reverência.
Desconsiderando as empregadas à serviço, havia mais três pessoas presentes no quarto além da família do Ossan.
Primeiro, o homem que parecia ser o barão. Ele era um homem corpulento, com cabelo preto e bigode. Eu esperava que fosse um típico sujeito detestável, sentado com as pernas esticadas de maneira arrogante, mas, em vez disso, estava sentado com um sorriso no rosto.
Rudy: Completamente diferente da versão do Mangá. Embora talvez tenha sido um equívoco da Megumu-sensei, já que embora o Barão vai estar presente em toda a história de Death March a partir de agora, ele nunca recebeu uma ilustração na Light Novel.
A segunda era uma mulher de cabelos negros que emanava uma atmosfera calma.
Parecia ser a filha do barão e, apesar do cabelo preto, suas feições não eram asiáticas, mas lembravam mais as de uma mulher de origem grega. Se tivesse que descrever, diria que ela era bonita, mas não tinha características marcantes, exceto uma pinta no canto do olho. Não consegui observar bem a sua figura devido à posição em que estávamos.
Por último, um homem musculoso sentado no sofá, inclinado em direção à mulher. Era um jovem atraente, com cabelos e olhos negros. Este jovem, claro, era o herói falso.
À primeira vista, ele parecia apenas um jovem simpático. Ele portava uma espada reta com uma bainha azul, combinando com suas roupas brancas de cavaleiro. De aparência, ele era um herói e tanto.
Seus companheiros estavam em outro edifício, junto com o corpo dividido do demônio (Divisão).
— Entendo, então você é o jovem mago-dono que comanda poderosos escravos semi-humanos. Obrigado por salvar a vida de Toruma. Não posso agradecer o suficiente, por mais vezes que o diga. Este território é vasto, mas não pode ser chamado de próspero. Gostaria que descansasse tranquilamente aqui para recuperar suas forças. Me dói o coração não poder oferecer um serviço mais significativo, mas receberia você de bom grado pelo tempo que desejar ficar.
O barão levantou-se expressamente e aproximou-se de mim para agradecer.
Que estranho.
Normalmente, nobres eram arrogantes, mas ele estava sendo extremamente amigável. Por outro lado, essa cordialidade era suspeita demais.
Será que esse também era um impostor?
Confirmei pelo [AR], mas ele era realmente o barão, sem sombra de dúvida. Também não possuía qualquer status anormal.
— Pai, sei que o senhor está animado por encontrar um jovem corajoso, mas poderia pelo menos convidá-lo a se sentar? Fico com pena das pequeninas.
Desta vez, foi a filha do barão que repreendeu o pai. Seu tom era tão calmo quanto sua aparência sugeria. Contudo, sua voz era infantil, destoando de sua idade.
Será que essas pessoas agiam assim normalmente?
Com pessoas tão simples governando o território, por que os moradores passavam por tantas dificuldades?
Não, eles ainda eram nobres.
Isso podia ser uma encenação. Talvez existissem habilidades que permitissem esse tipo de comportamento, embora a possibilidade fosse baixa. Decidi permanecer cauteloso por mais um tempo.
◇◇◇
— Ara, ara, que meninas adoráveis.
A filha se levantou, apoiando-se na mão do falso herói, e caminhou em direção a Arisa e Pochi.
*Boing*
Rudy: Sim, o Bostou está olhando para a linhagem sanguínea avançada da família do Barão.
Sim, não tinha uma onomatopéia mais adequada para isso.
Meus olhos não estavam focados no barão, que falava amigavelmente à minha frente, mas sim naquilo que oscilava no momento em que a filha se levantou.
Eram grandes — não, eram ENORMES seios (Bakunyuu), uma palavra agora representada na vida real.
A filha caminhava lentamente, e, acompanhando seus movimentos, aquilo balançava e tremia, me cativando.
Era verdadeiramente uma arte. Já que sutiãs não eram amplamente difundidos nesse mundo, fiquei me perguntando como essas massas eram contidas.
Não me diga que era magia? Devia ser magia!
Aí!
Arisa chutou minha perna enquanto eu pensava nessas coisas estúpidas. Ela me lançou um olhar de reprovação de baixo para cima.
— Olá, pequena senhorita. Eu me chamo Soruna, pode me dizer seu nome?
A filha abaixou-se para ficar na mesma altura de Arisa e Pochi, e começou a falar com uma voz que parecia ter notas musicais ao final. Arisa bloqueou minha visão do vale profundo com todo o seu corpo.
Não, bem, acho que, no momento, era mais importante evitar que a jovem tocasse Pochi descuidadamente.
— Pochi, nano desu!
— Que fofa! Eu adoraria ter uma garotinha assim!
Pochi se apresentou com a pose usual de "Swoosh!" e, talvez sem resistir, a jovem a abraçou de repente.
Arisa tentou puxar Pochi para o lado, mas não conseguiu a tempo. Eu poderia ter bloqueado mais rápido, mas hesitei, já que parecia que isso resultaria em uma situação difícil de justificar de outra maneira. Mesmo se tivesse conseguido a tempo, a mão dela atravessaria a ilusão, expondo tudo.
Pochi, sendo abraçada pela jovem, inclinou a cabeça para o lado. Apesar de estar sendo apertada, ela retribuiu o abraço com alegria, mantendo o rosto inexpressivo da ilusão.
— Ara? A sensação do toque dela... parece diferente do que aparenta?
As mãos da jovem atravessaram a ilusão.
Não havia mais como dar desculpas. Resolvi usar essa oportunidade para avaliar a verdadeira natureza da família do barão.
Pedi para Arisa desfazer a ilusão em Pochi.
— Minha nossa! Aquela garotinha amável se tornou uma adorável garotinha canina! Que fofura! Parece um bichinho de pelúcia desuwa!
A filha, agora vendo a verdadeira aparência de Pochi, continuou a abraçá-la sem mostrar repulsa. Eu e Arisa relaxamos, enquanto Pochi permanecia sendo apertada pela jovem.
Não, espere, parecia que Pochi estava curiosa com os seios pressionados contra ela e se divertia empurrando-os repetidamente de baixo para cima.
Que inveja—não, que ultraje!
— Ei, ei, Soruna, seu valioso vestido ficará cheio de pelos. Além disso, o que faria se cheirasse a animal?
— Eu odeio quando o Tio Toruma fala este tipo de coisa, desuwa.
Ossan fez um comentário rude, como de costume, mas a jovem Soruna recusou secamente com um "Pun" em vez de "Tsun", combinando com seus gestos infantis.
Ossan tentou buscar apoio do barão, mas...
— Que adorável criança. Aquela aparência de antes era um feitiço seu, Mago-dono?
O barão ignorou levemente as palavras de Ossan e fez a pergunta sem qualquer tom de repreensão em sua voz. Pelo contrário, ela soava estranhamente pura. Deixei Ossan aos cuidados de Hayuna-san e me concentrei no barão.
— Perdoe-me por isto. Ouvi dizer que nobres não gostavam de semi-humanos, então considerei ao menos fazer com que ela se parecesse humana.
Embora fosse minha própria desculpa, soava extremamente superficial. Normalmente, eu nem a traria sem pensar em disfarçá-la com magia.
— Eu é que me desculpo por preocupá-lo de tal maneira. Porém, não imaginei que uma criança canina poderia ser tãoa dorável. Em verdade, confeço que as únicas que já vi foram na capital real ou na arena, e todas pareciam ferozes como animais selvagens. Terei que rever meu pensamento sobre isso.
Os olhos do barão estavam fixos em Pochi, que estava sendo mimada pela filha.
— A propósito, Satou-dono.
— Pois não, sua excelência?
— Eu também poderia acariciar a cabeça dessa menina canina?
Pochi balançou a cabeça para cima e baixo enquanto era abraçada pela filha. Concordei com o barão após obter a permissão de Pochi.
— Oh, como é macia! O pelo dela é tão bom.
— Além disso, ela tem um cheiro maravilhoso. É cheiro de frutas? Não conheço nenhum perfume natural assim, desuwa.
Hã? Cheiro de frutas?
Perguntei em voz baixa para Arisa, que estava ao meu lado.
— (Mia fez sachês com cascas de frutas e colocou junto com nossas roupas.)
Entendi, embora não soubesse bem, parecia algo como um sachê contra mofo. Eu sabia que Mia estava coletando cascas de frutas, mas tinha certeza de que era para lanches na madrugada, quando sentia fome. Teria que tomar cuidado para não dizer isso em voz alta, ou seria obrigado a fazer “Seiza” novamente.
Nosso encontro com a família do barão terminou inesperadamente em um clima acolhedor, mas naquele momento, um desenvolvimento rápido ocorria na floresta.
Embora o exército do barão devesse ter vantagem, de repente, as baixas do lado deles aumentaram de forma avassaladora, junto com o lado dos goblins. Além disso, pessoas que ainda não haviam entrado em contato com o inimigo também começaram a cair vítimas, uma por uma.
O inimigo teria preparado armadilhas desde o início?
Falando de algo estranho, 10 corpos divididos apareceram perto do corpo principal do demônio e então voaram ao redor sem rumo sobre ambas as forças.
Pensei que talvez estivessem usando veneno, mas, ao verificar o estado deles, entendi a causa.
A grande maioria dos soldados estava sofrendo com condições de [Confusão] e [Enfurecido].
Entendi agora por que Arisa havia dito que "Magia Psíquica era desprezada" antes. Era uma magia padrão em jogos, mas provavelmente poucos feitiços pudessem se comparar a uma que fosse incontrolável e ainda muito eficaz contra grupos. Tenho certeza de que esse método também foi usado para aniquilar o grande grupo de ladrões.
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