Death March Web Novel Online 6-23
[A Jovem Dama e Criminoso
Cavaleiro]
— Otou-sama e Onee-sama estão sendo enganados, desuwa!
Quantas vezes eu tinha dito isso a eles? E, mesmo assim, minhas palavras não haviam alcançado ninguém. Naquele momento, aqueles rufiões vulgares desfilavam pelo castelo como se fosse deles.
Talvez seja por isso.
Eu sentia como se algo estivesse me chamando, e me desviei até o velho e desmoronado prédio.
Era um edifício antigo, que existia no castelo do Marquês Muno há cerca de 20 anos.
Já fazia 15 anos desde que meu pai havia recebido este território. Minha mãe, minha irmã e eu chegamos a este castelo 16 anos atrás, e nunca havíamos saído daqui nem uma única vez desde então. O tempo em que tio Toruma veio nos visitar durante a minha infância foi o período mais divertido.
Embora seja chamado de castelo, havia um lago e um bosque dentro de seus terrenos. Talvez isso seja para mostrar o poder do título de marquês, então eu não me sentia realmente presa aqui.
Eu tinha explorado o interior do castelo várias vezes, mas foi a primeira vez que estava naquele lugar. Normalmente, as criadas não me deixariam entrar, dizendo: "É perigoso."
Pergunto-me se era por estar em um lugar desconhecido que achei bonita até a poeira flutuante iluminada pela luz do sol, o que me dava um certo sentimento de tranquilidade. No entanto, parecia que eu tossiria violentamente se não cobrisse minha boca com um lenço ao entrar.
Tinha um trono naquela sala e por isso fiquei pensando se aquele era o salão de audiências do antigo marquês. A luz que entrava pelo teto em ruínas criava uma atmosfera que dava ao ambiente uma parecência sagrada, como a de um santuário.
E então, foi ali que encontrei o meu destino.
◇◇◇
— Ó menina, você deseja poder?
— Sim, eu desejo, desuwa.
Respondi às palavras que vieram de repente da direção do trono. Mesmo enquanto refletia sobre isso, respondi sem qualquer arrependimento pela decisão impulsiva que tomei naquela ocasião.
— Muito bem! Então, eu lhe darei!
Uma luz prateada surgiu do trono e me envolveu. Sentia como se ela se enrolasse no meu cabelo e pelo corpo. Quando a ansiedade me assaltou, braceletes elegantes trançados com fios de prata apareceram em ambos os meus pulsos. Senti algo estranho nos tornozelos e, ao olhar, vi tornozeleiras com o mesmo design dos braceletes.
— Ó menina, o contrato foi estabelecido. Sabedoria e bravura são suas para tomar.
— Por favor, poderia me dizer onde o senhor está? Além disso, poderia por gentileza me explicar o que seriam estes acessórios?
Embora pudesse ouvi-lo claramente, não conseguia ver sua figura. Esforcei-me para manter a calma e conversar com o cavalheiro invisível.
— Há um grande espelho atrás daquela cortina. Dirija-se até ele.
Guiada por aquela voz, fui até o espelho. Uma tiara estava em minha cabeça antes mesmo que eu percebesse.
— Os acessórios em sua cabeça, mãos e pés são a minha verdadeira forma. Segui rumo ao campo de batalha junto a meu mestre e, finalmente, realizei meu desejo de longa data. Meu mestre me deixou aqui e disse: “Ajude alguém que precise de poder para eliminar o mal”.
— Oh, maravilhoso. Que pessoa de espírito nobre, desuwa.
Fiquei imaginando quem seria o antigo mestre dessa tiara. Nunca tinha visto uma ferramenta mágica falante, exceto nos contos de fadas.
— Tiara-san, está tudo bem chamá-lo assim?
— Meu antigo mestre me chamava de Raka. O nome está associado à uma ferramenta mágica inteligente mais famosa, o [Item Senciente], que aparecia nas histórias de sua terra natal. Se você não tiver um nome específico em mente, gostaria que me chamasse de Raka.
— Entendido, Raka-sama, desuwa. Quanto a mim, pode me chamar de Karina.
— É um prazer serví-la, mas Karina-dono, não precisa usar “sama” para ferramentas mágicas. Pode simplesmente me chamar pelo nome.
— Então, Raka-san, empreste-me o seu poder.
— Naturalmente. Irei ajudá-la, seja o oponente um herói ou um rei demônio.
— Oh, que confiável desuwa, o oponente é um herói!
Quando Raka-san falava, a tiara brilhava em azul, mas de repente pareceu perder as palavras. O brilho azul cessou.
— Há algo errado?"
— Não, é só que... estou pensando que a mestra desta vez seja uma pessoa decidida, o que é excelente. Em particular, mestre “É uma pessoa que repete desuwa”... Hum, Karina-dono.
— Sim?
— Já que o oponente é um herói, Karina-sama tem alguma experiência em magia ou esgrima?
— Não, sou boa em bordados e poesia, mas deixo as lutas para os cavaleiros.
— Fumu, compreendo. Por sinal, meu mestre anterior era um herói.
— Ah, qual era o nome dele, desu-! Au!
Cometi um ato vergonhoso ao esbarrar involuntariamente no espelho. Este era um traço que herdei de meu pai. Ele sempre falava sobre heróis desde que eu era pequena, então também desenvolvi interesse por heróis desuwa.
— Lamento, não consigo me lembrar de detalhes triviais como nome ou aparência. Empunhando uma espada sagrada, ele abateu milhares de demônios. Era possuidor de uma habilidade com esgrima tremenda. Mesmo sem usar magia, ele conseguiria cortar os feitiços de um Rei Demônio e o subjugou. Ele era uma existência sem paralelo.
— Isso mesmo, um herói tem que ser assim!
Cerrei os punhos involuntariamente. Um herói precisava ser forte além do senso comum, acima de tudo. Se não fosse, ele não seria um herói.
Aquele autoproclamado herói que ganhou o favor de meu pai e de minha irmã mal conseguia vencer um cavaleiro fraco. Ele era apenas um impostor desuwa. Como prova, ele sempre evitava lutar contra o cavaleiro mais forte do castelo, o Sir Zotor.
— Karina-dono, é doloroso dizer, mas só posso reforçar o poder que minha mestra já possui. Eu mesmo possuo habilidades como leitura de mentes e uso de magias simples, mas preciso utilizar o poder mágico da minha mestra para isso.
— Então, eu vou continuar incapaz de fazer algo?
— Bem, você seria capaz de vencer cavaleiros medianos, e posso lhe dar habilidades físicas suficientes para saltar entre telhados. Se os oponentes forem ladrões, você poderia aniquilá-los, desde que tenha poder mágico.
— Oh, que maravilhoso!
Quão incrível isso era. Parecia-me como o lendário ladrão fantasma, Sharururuun.
— No entanto, isso vale apenas para oponentes comuns.
Ao ouvir as palavras de Raka-san, meu coração, antes leve, endureceu como se fosse travado.
— Eu não sou… o suficiente?
— Mesmo que eu pudesse multiplicar o poder de minha mestra por cem, se sua força for 1, isso só se tornaria 100. É apropriado chamar uma existência como herói de irracional. Com seu nível atual, seria impossível.
— Mas… o seu antigo mestre também não lutou contra um poder irracional?
A luz azul tremeluziu, e Raka-san falou como se tivesse encontrado uma solução.
— De fato… Fumu, ser repreendido por uma jovem… Sim, este é um bom dia.
— Ara, ara, ainda assim sou uma mulher adulta, desuwa.
Fiquei um pouco surpresa com minhas próprias palavras. Antes que percebesse, já tinha idade para participar da sociedade.
Talvez minha irmã soubesse que o herói era uma fraude. Aquele homem só aparentava ser um herói por fora.
◇◇◇
— Aquele homem é um herói desuwa.
— Fumu, tem certeza?
— Sim.
De alguma forma, sinto a luz azul de Raka-san piscando. Suas próximas palavras foram chocantes.
— Ele é um impostor.
Mesmo insistindo nisso, talvez, em algum lugar do meu coração, eu tenha acreditado que ele fosse um herói. Então, o que era aquela espada que emite uma luz azul como uma espada sagrada?
Estava prestes a sair do esconderijo para desmascará-lo, mas as palavras seguintes de Raka-san me detiveram.
— Espere, Karina-dono. Quem é o homem ao lado daquele falso herói?
— Está falando do cônsul, desuwa?
— Aquele homem é um demônio. É muito provável que seja muitas vezes mais forte que o falso herói. Não podemos vencer.
N-não pode ser!
Fiquei chocada ao descobrir que o autoproclamado herói era um impostor, mas era ainda mais terrível saber que um demônio estava atuando como cônsul.
Demônios eram entidades que precisavam ser enfrentadas com exércitos. A única exceção, onde um indivíduo poderia vencer um demônio, estava reservada a poucas existências, como um verdadeiro herói.
— Ra, Raka0san. O q-que devemos fazer?
— Por favor, mantenha a calma, Karina-dono. Se minha última memória estiver correta, estamos no território do marquês Muno, correto?
— Hoje é apenas um baronato, mas sim, você está certo.
— Então, deve haver uma comunidade de gigantes da madeira na floresta ao lado. Se estiver comigo, podemos buscar a ajuda deles. No entanto, não posso aprovar que uma mulher vá sozinha para o interior da floresta.
Detesto sujar meu vestido, mas um verdadeiro herói não hesitaria.
— Os gigantes poderiam vencer contra o demônio, desuwa?
— Sim, eles não são tão fortes quanto um herói, mas não ficariam muito trás em relação a um demônio inferior.
— Então, está decidido!
— É reconfortante ver sua decisão imediata. Karina-dono pode muito bem se tornar uma grande apoiadora para a próxima geração de heróis.
Tento me manter o mais calma possível, embora meu coração estivesse em festa pelas palavras de Raka-san, enquanto sigo em direção à floresta.
Guiada por Raka-san, saltei sobre o centro do castelo e peguei emprestado um cavalo no estábulo a frente para seguir em direção à floresta.
Mais tarde naquele dia, tentei salvar um unicórnio que havia sido capturado por ladrões, mas acabei sendo capturada em seu lugar, o que resultou em um reencontro inesperado.
— Milady, o que está fazendo em um lugar como este?
— Sir Zotor? Você também.
Nunca imaginei que o cavaleiro mais forte deste território, que havia fugido vários anos atrás, teria se tornado um ladrão. Além disso, de acordo com sua história, os ladrões planejavam se rebelar contra meu pai.
Com o encorajamento de Raka, confessei a ele sobre o falso herói e o cônsul demônio.
— Sempre suspeitei daquele sujeito... mas e pensar que era na verdade um demônio...!
— De fato. Juro pela honra do meu antigo mestre e perante Karina-dono, eu não digo mentiras.
Achei que ele provavelmente teria mais perguntas ao ouvir minhas palavras. No entanto, ele aceitou a história sem grande alarde.
— Sinto muito pelo chefe dos andarilhos que me aceitou, mas vou deixar este lugar. Karina-sama, por favor, permita-me acompanhá-la até os gigantes.
— Eu permito, cavaleiro Zotor!
Isso é maravilhoso desuwa!
Era como em um conto sobre heróis.
Montei nas costas do unicórnio e segui com o cavaleiro Zotor para a aldeia dos gigantes da madeira, nas profundezas da floresta.
Eu não sabia se conseguiria obter a cooperação deles.
Não, isso não importa.
Eu obterei a cooperação deles a qualquer custo.
Ameaçando ou até mesmo manchando este corpo, cumprirei meu propósito.
Isso é o meu noblesse oblige.
Eu tinha a espada de Sir Zotor e também a sabedoria de Raka-san, que havia vivido longos anos, aos meus serviços.
Sim, agora, eu tinha companheiros.
— Agora, não tenho medo de nada, desuwa.
Encorajei-me assim e, em direção ao portão da aldeia dos gigantes da madeira à minha frente, dei um passo adiante.
De alguma forma, sinto a luz azul de Raka-san piscando. Suas próximas palavras foram chocantes.
— Ele é um impostor.
Mesmo insistindo nisso, talvez, em algum lugar do meu coração, eu tenha acreditado que ele fosse um herói. Então, o que era aquela espada que emite uma luz azul como uma espada sagrada?
Estava prestes a sair do esconderijo para desmascará-lo, mas as palavras seguintes de Raka-san me detiveram.
— Espere, Karina-dono. Quem é o homem ao lado daquele falso herói?
— Está falando do cônsul, desuwa?
— Aquele homem é um demônio. É muito provável que seja muitas vezes mais forte que o falso herói. Não podemos vencer.
N-não pode ser!
Fiquei chocada ao descobrir que o autoproclamado herói era um impostor, mas era ainda mais terrível saber que um demônio estava atuando como cônsul.
Demônios eram entidades que precisavam ser enfrentadas com exércitos. A única exceção, onde um indivíduo poderia vencer um demônio, estava reservada a poucas existências, como um verdadeiro herói.
— Ra, Raka0san. O q-que devemos fazer?
— Por favor, mantenha a calma, Karina-dono. Se minha última memória estiver correta, estamos no território do marquês Muno, correto?
— Hoje é apenas um baronato, mas sim, você está certo.
— Então, deve haver uma comunidade de gigantes da madeira na floresta ao lado. Se estiver comigo, podemos buscar a ajuda deles. No entanto, não posso aprovar que uma mulher vá sozinha para o interior da floresta.
Detesto sujar meu vestido, mas um verdadeiro herói não hesitaria.
— Os gigantes poderiam vencer contra o demônio, desuwa?
— Sim, eles não são tão fortes quanto um herói, mas não ficariam muito trás em relação a um demônio inferior.
— Então, está decidido!
— É reconfortante ver sua decisão imediata. Karina-dono pode muito bem se tornar uma grande apoiadora para a próxima geração de heróis.
Tento me manter o mais calma possível, embora meu coração estivesse em festa pelas palavras de Raka-san, enquanto sigo em direção à floresta.
◇◇◇
Guiada por Raka-san, saltei sobre o centro do castelo e peguei emprestado um cavalo no estábulo a frente para seguir em direção à floresta.
Mais tarde naquele dia, tentei salvar um unicórnio que havia sido capturado por ladrões, mas acabei sendo capturada em seu lugar, o que resultou em um reencontro inesperado.
— Milady, o que está fazendo em um lugar como este?
— Sir Zotor? Você também.
Nunca imaginei que o cavaleiro mais forte deste território, que havia fugido vários anos atrás, teria se tornado um ladrão. Além disso, de acordo com sua história, os ladrões planejavam se rebelar contra meu pai.
Com o encorajamento de Raka, confessei a ele sobre o falso herói e o cônsul demônio.
— Sempre suspeitei daquele sujeito... mas e pensar que era na verdade um demônio...!
— De fato. Juro pela honra do meu antigo mestre e perante Karina-dono, eu não digo mentiras.
Achei que ele provavelmente teria mais perguntas ao ouvir minhas palavras. No entanto, ele aceitou a história sem grande alarde.
— Sinto muito pelo chefe dos andarilhos que me aceitou, mas vou deixar este lugar. Karina-sama, por favor, permita-me acompanhá-la até os gigantes.
— Eu permito, cavaleiro Zotor!
Isso é maravilhoso desuwa!
Era como em um conto sobre heróis.
Montei nas costas do unicórnio e segui com o cavaleiro Zotor para a aldeia dos gigantes da madeira, nas profundezas da floresta.
Eu não sabia se conseguiria obter a cooperação deles.
Não, isso não importa.
Eu obterei a cooperação deles a qualquer custo.
Ameaçando ou até mesmo manchando este corpo, cumprirei meu propósito.
Isso é o meu noblesse oblige.
Eu tinha a espada de Sir Zotor e também a sabedoria de Raka-san, que havia vivido longos anos, aos meus serviços.
Sim, agora, eu tinha companheiros.
— Agora, não tenho medo de nada, desuwa.
Encorajei-me assim e, em direção ao portão da aldeia dos gigantes da madeira à minha frente, dei um passo adiante.
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