Publicidade
Death March Web Novel Online 5-15
[Reunião – Parte 2]
Death March 5-15 [Reunião – Parte 2]
Satou aqui. Não que seja a minha intenção, mas sempre acabam olhando para baixo quando estou perto de uma mulher com peitos grandes. De seu sempre em busca de um espírito forte para desapegar-se das tentações, Satou.
◇◇◇
Talvez por ter descarregado suas emoções negativas com as lágrimas, a Arisa passou a me bombardear com questões sobre o que tinha acontecido. Claro, eu expliquei tudo, exceto as partes mais difíceis como o negócio de ser herói, as luzes púrpuras, ou o fato de que o Zen era um reencarnado. Basicamente, falei apenas que o Mago alcançou seu objetivo e não precisava mais da Mia, das formigas e dos outros monstros.
— Hee~ Achou mesmo que eu não ia notar que você está escondendo um montão de coisas?
— Bem eu... desculpa. Mais tarde a gente fala sobre isso. Quando for a hora certa.
Não o mais prazeroso dos assuntos, mas eu não podia me negar a contar, pois isso também envolvia ela. Porém, seria melhor para deixar quando estivéssemos a sós.
— É uma promessa, ouviu! Te espero hoje na minha cama. Aí depois falamos disso e qualquer outra coisa, ehehe~
Que bom que ela voltou ao normal.
Depois disso, removi os panos em que enrolei a Mia e a Nº 7, e então as coloquei na carruagem.
— EI, ESPERA! Deixando a Mia de lado, quem diabos é essa beldade peituda! Não, não, não, a gente vai ter aquela conversinha e vai ser aqui e agora! QUE DIABOS DE ACORDO VOCÊ FEZ COM AQUELE MAAAAAAAAAAAAGGGGOOO!
A Arisa começou a fazer histeria, mas como estávamos perto dos portões da cidade, pedi para que parasse.
— Arisa, presta atenção direito nela. Você ainda não percebeu a identidade dela?
Arisa olhou para baixo e depois acenou com a cabeça para mim. Tudo se resolveu quando ela percebeu que a garota na verdade era um Homúnculos. Em seguida, Mia acordou abruptamente, olhando de um lado para o outro de maneira desesperada.
— Sonho...?
— Não, Mia.
— Seguros?
— Por um triz, mas sim.
A expressão dela suavizou um pouco quando a respondi. Logo depois, contei a Mia a mesma história que falei para a Arisa.
— Eu realmente sinto muito, nos mais de cem anos que vivi com minha mãe, ela nunca me explicou nada, por isso sou bastante ignorante no que se trata a etiqueta humana. Porém, ela me falou que um dia eu sairia para conhecer o mundo por conta própria e entenderia.
Oh, é a primeira vez que vejo a Mia falando em sentenças completas.
— Se me permitir, um "muito obrigada" é o suficiente. Mas, se a outra parte for um rapaz jovem, repita isso com uma risada e o sorriso mais radiante que você conseguir.
Arisa prontamente respondeu a Mia. Embora, algo nas palavras dela não parecia correto.
Ah, entendi. a Mia estava falando na Língua do Reino Shiga. Quando a perguntei sobre isso no final do dia, ela me disse que sabia falar desde o início, mas quando perguntei o porquê dela não usar, ela me disse "A língua humana tem tantas nuncias que me faz sentir que estou tagarelando. Eu odeio isso".
Mia se levantou, limpou suas roupas e então curvou-se elegantemente.
— Muito obrigada, Satou.
— Não foi nada.
Pensando bem, era a primeria vez que a Mia me agredia, mas apontei isso para não constrangê-la.
— Deixe-me apresentar mais uma vez. Sou a elfa mais jovem da Floresta Boruenan, filha de Lamisauya e Lilinatoa, Misanalia Boruenan.
Em seguida, Mia se aproximou e disse "Meu mais profundo agradecimento" e me beijou na testa.
> [Título: Amigo dos Elfos] foi adquirido.
◇◇◇
— Quem?
— Ah é, ia me esquecendo. Você arrumou OUTRA mulher?
— Mestre, o senhor não...
— Rotineiro?
Quando a situação com a Mia se acalmou, o tópico mudou para a Nº7. Por algum motivo, a Mia, a Arisa e a Lulu estavam agindo como se eu fosse algum tipo de marido infiel era sempre pego pulando a cerca.
Decidi acordar a Nº7, parecia estar dormindo tranquila, com uma expressão satisfeita.
— Bom dia...?
— Sim, bom dia. Preciso explicar nossa situação atual?
— "Favor, aguarde um momento", assim suplico.
Como sempre, a fala dela tinha um tom estranhamente monótono, como se fosse algo teatral. Ela inclinou a cabeça para o lado, em contemplação, o que parecia ser um hábito dela. Do meu lado, Arisa falou "esquisito", e eu decidi ajudar a mulher a se levantar.
— "Uma notificação remanescente no relatório. Com o falecimento do mestre, os direitos sobre esta unidade estão revogados. Aviso, de acordo com o protocolo, você possui as qualificações para se tornar o novo mestre," assim informo.
A garota chamada Nº7 ficou olhando para mim, aguardando uma resposta. Bem, eu não me importava nem um pouco em ter uma beldade de seios fartos juntando-se a nós, e com a morte de Zen, duvido muito que ela tivesse alguma família ou amigos para cuidarem dela.
Mas, antes que abrisse minha boca, Arisa foi a primeira a reagir "Negativo! Não é assim que se faz!" e levou a Nº7 para atrás da carruagem onde tiveram uma conversa em segredo.
— Mestre, sente aqui por favor~ Meninas, vocês sentam lá~
Depois de um tempo, a Arisa veio com a conversinha dela de sempre. Tenho certeza de que isso era algum tipo de paródia, mas no momento nenhuma série ou anime me veio a cabeça. Então, antes que eu mesmo soubesse, a Nº7 começou a me chamar de "Masuta (Master)" e acabei a nomeando de [Nana]
Rudy: Nana é "Sete (7)" em Japonês.
Arisa me deu um olhar acusatório quando escolhi o nome, mas eu gostaria que me perdoassem pela minha inépcia quando se trata de nomeação.
Eu só fui entender a piada que a Arisa armou com aquele pequeno drama no momento em que o título da Nana mudou de [Marionete de Zen] para [Serva de Satou]. Talvez houvesse algum tipo de significado mais profundo em tudo aquilo.
— Conto com você a partir de agora, Nana.
— "Cuide bem de mim também, Masuta", assim informo.
O que diabos você andou ensinando para ela, Arisa...
Rudy: Depois de investigar, parece que a fala em Japonês da Nana [はいマスター。コンゴトモヨロシク] é alguma referência ao jogo Shin Megami Tensei.
◇◇◇
Agora com um novo membro de equipe, decidi levar a Mia até o Gerente da Loja de Serviços. Diferente das outras meninas, ela tinha um parente da mesma raça com quem poderia contar.
Por sorte, a minha identificação na cidade de Seryuu ainda era válida e com isso pude passar pelos portões sem pagar taxa. Infelizmente, o mesmo não se aplicava as meninas, que tiveram de esperar no lado de fora até eu retornasse com o gerente.
— Como vai, Nadi-san.
— Bom dia... eh? Satou-san, o senhor não tinha partido ontem?
— Sim, mas no caminho acabei com uma criança elfa sob os meus cuidados, então decidi fazer uma visita para buscar ajuda do gerente.
— Você é realmente uma boa pessoa. Para se dar ao trabalho de voltar apenas para ajudar um estranho.
Nadi-san me recebeu com alegria, embora o motivo da minha vinda pareceu ser um choque para ela.
— o gerente ainda está dormindo, então aguarde um instante enquanto acordo ele. Por favor, fique à vontade no sofá enquanto aguarda.
Dizendo isso, Nadi-san rapidamente tirou as roupas masculinas e revistas em cima do sofá para liberar espaço. Aquilo provavelmente era coisa do gerente. Enquanto esperavam peguei uma das revistas por curiosidade, que trazia notícias de fofocas do reino Shiga e, embora não tivesse mais do que 10 páginas, continuei lendo por pura nostalgia desse tipo de coisa. Os artigos variavam sobre o romance de uma garota nobre e com algum aventureiro, e até mesmo classificados de serviços na capital do reino.
Foi então que ouvi a Nadi-san acordando o gerente no andar de cima e os dois desceram pela escada quando eu estava lendo um artigo sobre o confronto de dois lutadores famosos que ocorreu na arena da capital.
— Sinto muito por perturbar o seu sono.
— Onde?
— Gerente! Quantas vezes já lhe disse para elaborar mais suas frases quando estivesse conversando com outras pessoas? Satou-san, eu realmente sinto muito. Ele está perguntando sobre o paradeiro da menina elfa.
Na primeira vez em que vim, achei que ele estivesse de mau-humor tor ter sido acordado, mas pelo visto não era o caso. Será que todos os elfos são assim? De todo modo, os levei para o portão da cidade onde a nossa carruagem estava parada. Por algum motivo, eles não colocaram um aviso de "fechado" ou coida assim quando saímos. Que estranho.
Chegando na carruagem, pedi para a Lulu, que estava no assento do cocheiro, que chamasse a Mia.
— Mia? Poderia ser que a menina perdida se chama Misanalia?
— Sim, por quê? Vocês a conhecem?
— N.
Quando ele estava falando consigo mesmo, ele usou sentenças longas, mas para responder os outros foi só um som nasal? Nadi-san olhou de maneira repreendedora para o gerente.
Ah, agora entendi porque nunca o vi atendendo os clientes na loja.
— [Yuya?]
— [Mia.]
— [N.]
— [Aventura?]
— [Não.]
— [Perdida?]
— [Não.]
— [Lia?]
— [Casa.]
— [Entendo.]
— [Por quê?]
— [Limpeza...]
A conversa deles no idioma élfico foi no mínimo "curiosa". Eu podia mais ou menos entender a troca entre os dois, mas eu tinha a intérprete perfeita do meu lado. Basicamente, a única parte em que Mia negou foi o de estar perdida, mas o resto não passou de entendimento mútuo.
De acordo com a Nadi-san, o Gerente (Yusalatouya)-san, era um elfo da mesma floresta natal que a Mia. Ele veio para a cidade de Seryuu dez anos atrás para limpar a bagunça que o tio avô dele tinha causado na região. Basicamente, eles estavam falando do [Labirinto de Trazayuya].
Aproveitei para informar as circunstâncias do desaparecimento da Mia, de como um Mago a sequestrou, seu esconderijo no subsolo de uma vila no território Ratkin que lembrava um labirinto, e como tudo desabou depois que fugimos, enterrando o labirinto e Mago juntos.
— [Casa?]
— [Não.]
— [Entendo.]
— [Trabalho.]
No meio da conversa, Nadi-san parecia um pouco apreensiva, mas ela retornou ao seu sorriso radiante quando ouviu que o gerente ficaria em Seryuu.
— [O que pretende?]
— [Ir para casa.]
— [Consegue só?]
— [Satou.]
Aparentemente, o gerente perguntou se ela conseguiria ir para casa, mas Mia disse que estava bem comigo. Mas sério, para eles conversarem só com uma ou duas palavras, acho que passando mais de 100 anos convivendo com a mesma pessoa, era o suficiente para alcançar um entendimento mútuo assim.
Por fim, o gerente disse “Conto com você”, e junto da Nadi-san, nos chamaram de volta para a loja. Eles também negociaram com o cavaleiro Soun no portão para preparar uma identificação para a Mia. Quando perguntei se poderiam fazer alguma coisa pela Nana, o gerente me respondeu "Conte comigo" e usou um feitiço chamado [Falso Status] para camuflar a raça da Nana de [Homúnculos] para [Humano]. Em seguida, o gerente explicou, a sua maneira, que este feitiço só era eficaz contra as réplicas da [Pedra Yamato], mas não nos artefatos originais, como aquele que usamos ao sair do labirinto, e também contra habilidades que verificam a identidade das pessoas.
Por sinal, a informação que aparecia no [AR] era [Raça: Humana (Homúnculos)], enquanto a habilidade [Avaliar] dizia [Raça: Humana (Falso)].
Por hora, tudo deu certo, graças aos dois e conseguimos as identificações sem nenhum problema. Com isso, poderíamos visitar qualquer cidade ao longo da viagem.
Enquanto aguardávamos a confecção das identificações, o gerente me entregou um saco cheio de moedas e disse apenas "N.".
— Eu sei que é pouco, mas por favor, use para cobrir as despesas da Mia durante a viagem. São as economias do gerente.
— Falou demais.
O gerente repreendeu a Nadi-san pela informação extra.
— Eu aceito com agradecimento.
Eu particularmente não precisava do pagamento, mas seria rude da minha parte recusar a boa vontade do gerente. Posteriormente eu entregaria essa quantia para a Mia.
Então, prometi a Nadi-san e ao gerente que mandaria uma carta quando chegássemos na floresta e prosseguimos pela mesma estrada que pegamos ontem.
Enquanto a nossa carruagem prosseguia, eu orava para que a nossa aventura continuasse com mais nenhum perigo…
Se gostou do capítulo, compartilhe e deixe seu comentário!