Death March Web Novel Online 4-12
[Partida – Parte 2]
Satou aqui. Eu não
sou do tipo que
viaja com muita
frequência, mas
embora tenha
permanecido nela por
apenas alguns dias,
estranhamente fiquei
muito ligado a esta
cidade. Se possível,
quero vir de novo
para dar uma olhada
em alguns dos pontos
turísticos mais
famosos outra
vez.
◇◇◇
O senhor de cabelos
grisalhos finalmente
se recuperou e agora
estava atendendo aos
clientes, por isso
não pude encontrar a
Semone-san em lugar
algum da loja.
Não ser capaz de
venerar aquelas
proporções
gloriosas é
realmente...
lamentável...
De qualquer forma, o vendedor trouxe o mapa da cidade do labirinto para mim.
Talvez tivesse ficado
estampado isso na
minha cara, por isso
ele tratou logo de
explicar que mapas
precisos eram
considerados
confidenciais,
portanto apenas gente
ligada ao governo
poderia ter acesso a
eles.
Cara, como eu sinto
falta do Google
Maps.
Bem, já que era
melhor do que nada,
comprei os 5 volumes
que juntos, cobriam
todo o caminho desde
aqui até a cidade do
labirinto.
Foi só depois que eu
descobri que a guilda
dos comerciantes
vendia mapas um pouco
mais elaboradas. Que
pena...
Os meus negócios ali
tinham acabado, mas o
velho fez questão de
mostrar o seu espírito
comercial e sua
simpatia comigo,
recomendando vários
outros livros.
Algumas das edições
que poderiam vir a
calhar, como “Jornada
Para a Capital real”,
“Dicionário de Ervas”,
“Dicionário Reverso de
Reparação de
Carruagens”, entre
outros, me chamaram a
atenção, então levei
todas elas.
Entre elas, tinha alguns livros de introdução à carpintaria, ferraria, inscrição e vários outros relacionados a trabalhos manuais, mas como a demanda por coisas assim era baixa e os livros em si já eram velhos, eles não vendiam muito bem.
Quando mostrei
interesse, o vendedor
foi trazendo uma pilha
após a outra, mas já
que tudo só iria me
custar duas moedas de
ouro, decidi ficar com
eles.
Além destes, ele
também me recomendou
algumas obras para
passar o tempo durante
as pausas para
descanso na viagem.
Apesar de que muitos
eram apenas histórias
de amor ou de
heroísmo, achei alguns
interessantes como
“Antigos Campos de
Batalha e Labirintos
Adormecidos”, “O
Feiticeiro Ensandecido
e o Exército da Morte”
e “O Homem Que
Construía Labirintos”.
Também vi alguns
livros de gravura que
seriam ótimos para
aprender à
escrita.
Somando tudo, ficou
um pouquinho mais caro
que o meu orçamento,
mas eu consegui
pechinchar com ele até
chegar às 10 moedas de
ouro que eu tinha.
Rudy: Todos esses
livros parecem estar
relacionados com
alguns dos arcos da
história, como o
labirinto de
Trazayuya, o Rei
Sem-Vida Zen e o
Labirinto Adormecido
do Reino de
Kubooku.
◇◇◇
É, eu acabei
comprando muita
coisa.
A bolsa com mais de
30 livros era bem
pesada e se não fosse
pela compensação dos
meus status, com toda
certeza a minha coluna
iria reclamar. Foi
ainda pior depois que
peguei as coisas que
deixei na loja de
magia.
Não era como se fosse
um problema para mim,
carregar tudo aquilo,
mas eu iria parecer
tão suspeito que achei
melhor aguardar até
que uma carruagem
passasse.
— Como vai, senhor
ágil?
Eu me virei para
pessoa que estava
chamando e, quem me
esperava com um
sorriso sarcástico no
rosto, como se tivesse
dizendo que a sua
brincadeira tinha sido
um grande sucesso, foi
uma das companheiras
de pelotão da
Zena-san, Lilio.
— Eu vou muito bem,
Lilio-san. E você?
Tentando imitar a
Zena-san desta
vez?
— Ehehe~ E aí? Deu
certo? Por acaso eu
fiz o seu coração
bater mais rápido, nem
que fosse só um
pouquinho?
Por algum motivo
percebi que não
poderia deixar esta
pessoa se encontrar
com a Arisa de jeito
nenhum.
— O timbre da voz de
vocês é muito
diferente, por isso eu
notei na mesma
hora.
— Ah ~ que pena ~ Mas
pera aí, será
que na verdade
não é porque vocês são
dois pombinhos
apaixonados? Tipo, o
“Poder do Amor”?
Mulheres adoram
falar de romance,
heim?
Lilio chegou mais
perto de mim, como se
tentando enfatizar as
suas modestas curvas,
mas eu já tinha mais
do que o suficiente de
lolis ao meu redor,
então gentilmente a
afastei empurrando
seus ombros para
manter uma distância
segura entre a
gente.
— Você está sozinha
hoje?
— É, as outras estão
dormindo ~ Tirando a
Zena-cchi, que foi
ordenada a ficar de
guarda desde o meio
dia de ontem até a
meia noite de hoje.
Sabe, soldados mágicos
que nem a gente são
poucos em números,
sabia?
Eu queria poder
dizer algumas
palavras de adeus
para ela antes de
partir... Certo,
acho que dá para
adiar a nossa viagem
até amanhã de
manhã.
— Lilio-san, você
poderia mandar uma
mensagem minha para a
Zena-san?
— Mas é claro ~ Só
maneire um pouco no
seu recadinho de amor,
tá? Se for muito
intenso, o pessoal
pode acabar olhando
estranho para mim,
viu~?
Lilio cruzou os
braços e me encarou
com um olhar de
deboche. Eu então,
expliquei a ela que
estaria indo embora
amanhã e que gostaria
que ela avisasse isso
a Zena-san e Lilio
hesitou em me fazer
este favor.
— Achaaa... Ai,
amiga. Seu primeiro
amor acabou não sendo
correspondido...
Aparentemente isso
era para ser um
monólogo, mas eu pude
ouví-la alto e claro.
Mas, achei melhor
fingir que não percebi
e fui embora para a
hospedaria em uma
carruagem alugada.
Rudy: Satou you
monster!
◇◇◇
Abordo da carruagem,
guardei os livros
dentro da caixa de
itens.
De volta a
hospedaria, contei
para Arisa que tinha
ido até a livraria e
ela disse “Eu não
falei que se fosse era
para me levar
também~?”. Ela ficou
brava, mas quando
contei que tinha
comprado todos os
livros de introdução à
magia de cada
elemento, o sorriso
dela voltou.
Além disso, você
nem ao menos
aprendeu a escrita
do Reino Shiga, não
foi?
— E então, vamos
indo?
Já que a Arisa
perguntou, aproveitei
para explicar para
todo mundo que
estaríamos adiando a
nossa partida para a
manhã seguinte.
PUBLICADADE
— Estou indo na loja de alquimia do distrito leste e na loja de serviços para terminar alguns negócios, então vejam se está faltando alguma coisa que precise ser comprada. Ah e, enquanto eu estiver fora, vocês podem brincar com os cartões de aprendizagem.
— Cartão~!
— Nanodesu!
Tama, Pochi e Lulu
pareciam muito
contentes com isso.
Era raro ver a Lulu
sorrindo como uma
garota normal, então
eu apertei o botão de
gravar no meu coração
para preservar este
precioso momento.
— Barris vazios são
tão leves que fica na
cara que tem alguma
coisa estranha. Eu
acho que seria uma boa
colocar batatas em
conserva neles.
— Pensando bem, logo
vai ser inverno, então
pode ser
desconfortável dormir
apenas com um lençol.
Talvez fosse melhor
comprar ao menos uma
manta para que o
mestre se
agasalhe.
As sugestões de Arisa
e Liza foram muito
boas, por isso dei a
elas o dinheiro para
providenciarem isso.
Claro, o número de
mantas seria para
quatro pessoas. No
caminho, Arisa viu
algumas de algodão ema
barraca no mercado e,
após confirmar o
preço, levamos
elas.
◇◇◇
Fui sozinho até a
loja de alquimia e
comprei os materiais e
as receitas para a
fabricação de
analgésicos e
desodorante. Talvez
seja só impressão
minha, mas quando você
faz um grande volume
de compras sem
precisar se preocupar
com o dinheiro, é meio
sem graça, não é?
Na loja de serviços,
ouvi o relatório da
Nadi-san sobre o meu
último pedido que fiz
e apesar de ter se
passado apenas um dia,
ela já tinha quase
terminado. Quanto ao
que ainda faltava, ela
me disse para voltar
no dia seguinte.
Enquanto eu lhe pagava pelos seus serviços, Nadi-san trouxe um cesto cheio de pequenas bolsinhas com dinheiro, vegetais, sandálias e outras coisas diversas. Aparentemente, não era incomum que famílias mais pobres pagassem suas dívidas com alimentos que cultivavam em casa, ou mesmo produtos artesanais como sandálias, colheres de madeira e coisas assim.
— Satou-san, sua
próxima parada deve ser,
ou na capital de Shiga,
ou na Capital do Ducado,
certo?
— Na verdade, eu
planejo ir até a cidade
do labirinto.
— Agora que penso
nisso, Selibira está
cheia de Semi-Humanos,
então acho que viver lá
vai ser realmente mais
fácil do que aqui.
Pensando bem, eu não
tinha me encontrado o
mais famoso deles ainda,
os Elfos. Embora deveria
haver alguns aqui em
Seryuu.
— É verdade. Se
possível, eu adoraria
encontrar algum
Elfo.
Por algum motivo, a
Nadi-san fez uma cara
surpresa quando lhe
contei isso. Ela então
foi até a parte de trás
da loja e chamou o
Gerente. Se não me
engano, ele era um homem
de idade avançada que
estava sempre
dormindo.
— Gerente, venha aqui
um minuto, por
favor.
Ele veio até a frente
da loja, enquanto
coçando a barba. Para
ser bem sincero, o
Gerente parecia muito
mais jovem do que eu
imaginava, com sua
aparência magra e de
baixa estatura, mas com
um rosto bonito,
combinando muito bem com
seus cabelos
verde-escuros.
Ele não disse nada
mesmo depois que veio,
mas a Nadi-san por outro
lado, tratou de
levantar-lhe algumas
mechas e então começou a
apontar para as orelhas
dele.
Bem, elas são meio
pontudas. Será que o
Gerente é um
Semi-Humano
também?
— Nossa, eu achei que
você ficaria mais
surpreso do que
isso.
— Hmm... eu sinto
muito, mas qual o
problema nas orelhas do
Gerente?
Ela ficou zangada
quando me ouviu dizer
isso.
— Satou-san, o que você
está dizendo! Eu estou
mostrando para você as
orelhas do Gerente,
porque você falou que
gostaria de ver um
Elfo!
— Eh!? Ele é um Elfo!?
Mas, Elfos não têm
orelhas longas???
Vai me dizer que ele
é só Meio-Elfo?
O Gerente pareceu muito
incomodado com a minha
resposta e foi
imediatamente de volta
para o lugar onde estava
dormindo. Pelo visto, eu
acabei o ofendendo de
alguma forma.
— Gerente, não seja
assim! Só porque ele lhe
confundiu com a raça das
orelhas-longas (Booch),
não precisa ficar
mal-humorado!
— O que seria essa raça
das orelhas-longas? No
lugar de onde eu vim,
todo mundo diz que os
Elfos têm orelhas
compridas.
Eu fiz um gesto com a
mão para mostrar mais ou
menos qual era
supostamente o tamanho
das orelhas dos
Elfos.
— Satou-san, isso que
você está me dizendo é a
caraterística de uma
raça de semi-humanas
conhecida como
orelhas-longas. Eles são
mais altos que uma
pessoa normal e com
cabelos loiros ao invés
de verdes, mas eles são
talentosos com magia e
vivem muito, assim como
os Elfos. Dizem que o
primeiro monarca do
Império Saga foi um
Herói e que ele tinha
uma amizade muito forte
com os membros dessa
raça, por isso eles são
considerados sagrados
por lá e têm até o seu
próprio santuário onde
vivem. Por causa disso,
é muito difícil
encontra-los por aí. No
entanto, por alguma
razão eles são odiados
pelos Elfos e são até
chamados de “Falsos
Elfos” por eles.
Hmm, entendi. Vou ter
certeza de não errar
da próxima vez.
Eu pedi desculpas ao
Gerente, mas ele apenas
acenou com a mão sem
sair da sua posição de
dormir.
Vou agir como se isso
fosse um sinal de que
ele aceita as minhas
desculpas.
Rudy: Na WN, o Satou só
fica sabendo depois que
o Gerente se chama
Yusalatouya, que ele é
neto do Sábio Trazayuya
(Torazayuya, no Japonês)
e primo da Mia. Na LN,
isso acontece antes dele
partir de Seryuu.
◇◇◇
Na manhã seguinte,
tomamos o café da manhã
em uma barraquinha e eu
voltei para pagar a
estadia na Monzen. A
Martha-chan me disse “Na
próxima vez, se hospede
com a gente de novo~” de
maneira casual como
sempre, e saímos na
nossa carruagem.
Achei que Zena-san
estaria aqui para me ver
partindo, mas como ela
passou a noite acordada,
talvez ainda estivesse
dormindo. Vou escrever
uma carta para ela
depois.
Quando estávamos quase
deixando a cidade,
percebi um ponto branco
no mapa andando por cima
da muralha. Era o
cavaleiro Soun, acenando
na saída da cidade. Eu
acenei de volta e
continuei prosseguindo,
pois seria ruim ficar
parado no meio da
estrada.
Já do lado de fora,
pude ouvir a voz de
alguém gritando
“ESPERA!” por trás. Eu
então, puxei os cavalos
e fomos para um canto do
lado de fora da cidade
para não atrapalhar o
trânsito.
Uma grande desordem
começou a se espalhar
entre as pessoas que
vinham na estrada, por
causa de um cavalo que
corria no meio da
multidão. Eu acenei para
a pessoa que estava
montada nele.
— SATOU-SAN!
Era Zena-san, que
vinham com seu cabelo
loiro flutuando ao
vento. Ela estava usando
um lindo vestido que não
era nem um pouco
propício para se vestir
montada a cavalo. E
parecia que ela estava
mais maquiada que o
normal também.
— Graças a deus eu
consegui!
— Zena-san, eu também
fico muito feliz de
conseguir vê-la antes de
ir embora.
Que bom que não ficou
parecendo que eu sou
um ingrato.
Rudy: Satou you
monster! Você só não queria
arriscar que a Zena
pedisse para ir junto!
Sem coração! Desalmado!
Playboyzinho
ingrato!
— Você está indo para a
cidade do labirinto,
né!? Por favor, me envie
uma carta assim que você
achar um endereço fixo!
Eu juro que vou
responder assim que ela
tiver chegado!
— Claro, vai ser um
prazer.
Por um minuto achei que ela iria pedir para vir comigo, mas graças a Deus era apenas sobre enviar cartas. Ouvindo a história, Arisa colocou seu rosto para fora enquanto dizia desnecessariamente “promessa do mindinho~” com um sorriso no rosto.
Fazer isso na minha
idade é tão
embaraçoso...
Eu dei adeus a Zena-san
que ficou hipnotizada,
olhando para o próprio
mindinho.
— Espero que quando a
chance vier, nós possamos
nos ver de novo. E eu
prometo que vou escrever
uma carta assim que
pisarmos na cidade do
labirinto.
— É uma promessa! Eu vou
aguardar muito ansiosa por
esse dia, Satou-san!
Felizmente não foi uma
despedida melancólica.
Naquele tempo, eu não
sabia que o meu reencontro
com ela seria mais rápido
do que imaginava, mas isso
é uma história para
depois.
Rudy: Mentiroso, a gente
até tem umas intermissões
da Zena-tan, mas você fica
correndo para todo lado e
só vai revê-la no Arco 11
da WN.
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