Rakuin no Monshou Vol 01
Prólogo
— A princesa não se encontra?
— De fato.
Explicou a chefe das empregadas Theresia, com um olhar o mais amargo possível.
— Até pouco tempo atrás, ela estava tomando chá conosco no jardim central. Até que de repente, ela declarou que gostaria de ir até a cobertura do palácio de Shikou para ver o castelo sob o pôr do sol.
— O Palácio Shikou... pensando bem, não é onde fica o heliporto das aeronaves!?
O chefe da guarda do palácio ocidental gritou consternado.
— Ó, céus!
Theresia fez uma cara surpresa mostrando que ela não se lembrava deste fato.
— O que devemos fazer? A princesa está entre as melhores pilotos do reino. Na última corrida, embora ela tenha sido admiravelmente a segunda colocada, ficou furiosa, como se não houvesse sentido a menos que terminasse em primeiro lugar. Ela quase jogou o troféu fora, nos deixando completamente desesperadas para detê-la.
— É assim mesmo? N-Não... não devemos nos precipitar quanto a isso.
Enquanto o capitão começou a ficar confuso, seus subordinados atrás dele se entreolharam apreensivos.
— O que será que ela planeja fazer?
— Talvez, ela esteja apenas pensando em dar uma volta pela capital em uma nave? Afinal, a nossa princesa estava relutante em deixar o reino.
— Não, é a nossa princesa que estamos falando. Tenho certeza de que ela de mudou de ideia sobre o casamento e decidiu fugir.
— Mesmo eu não gosto disso! É escandaloso que a nossa Vileena, a terceira filha de Sua Alteza Real e princesa de Garbera, um país onde nos orgulhamos tanto de nosso cavaleirismo, tenha que consentir em um casamento com aquele macaco de Mephius!
Rudy: Sim, Cavaleirismo e não Cavalheirismo. Garbera é uma nação que coloca honra em seus cavaleiros.
Alguns deles bufaram pelo nariz e pisaram com firmeza no chão.
— Não, ela é uma princesa e jamais faria uma coisa egoísta dessas. Todos nós sabemos o quão travessa e incrivelmente animada a princesa Vileena é, mas escutem meus amigos; ela também é alguém que ama este país, seu povo e sua terra mais do que qualquer outra pessoa. Ela não quebraria o acordo com Mephius por razões mesquinhas.
Enquanto outros reprovavam calmamente seus camaradas.
— Isso tudo porque nós somos um bando de covardes.
— Sim. A Guerra dos Dez Anos com Mephius… e se pudéssemos terminar com uma vitória do nosso lado? Se pudéssemos levantar a bandeira nacional de Garbera no palácio de Mephius, uma coisa... uma coisa assim seria...
Balançando a cabeça em frustração, alguns acabaram sendo levados a lágrimas e tristeza.
Tudo isso era prova de que amavam Vileena, ou assim pensou Theresia. A terceira princesa de Garbera, princesa Vileena. Com apenas catorze anos ela estaria se casando com o príncipe herdeiro do Império Mephius, com quem a nação fazia fronteira à noroeste.
Embora a própria Theresia estaria acompanhando a princesa para cuidar de suas necessidades, para muitas pessoas em Garbera, este seria um adeus. Todos que agora se encontravam com a princesa, embora pudessem parabenizá-la por seu casamento, não conseguiam esconder a solidão, a raiva e a tristeza de seus rostos quando o fizeram.
Theresia estava parada em um corredor, de frente para o jardim à sua direita. Do lado de um dos pilares próximos, balançava levemente um retrato que fora desenhado pela princesa em uma idade jovem. Theresia pousou a mão suavemente no desenho que a representava de maneira diabólica; ela provavelmente o tinha desenhado após de ter sido repreendida por alguma travessura.
Princesa, que este seja o seu último ato de egoísmo, ok?
Enquanto ela se agarrava ao capitão da guarda, pedindo uma busca sincera e desesperada pela princesa, Theresia expressou interiormente seus verdadeiros pensamentos.
◇◇◇
A cerca de vinte quilômetros a sudeste da capital do Reino de Garbera, Phozon.
Em meio a uma série de colinas suaves, havia um palácio com vista para um vasto lago. Durante a rebelião que ocorreu cinco anos atrás, a região quase se tornou o centro da guerra, mas agora a região estava calma, com um clima ameno da paz e tempo passando descontraído.
No entanto, pouco antes de o sol se pôr, tudo de repente se tornou muito animado.
— Terceira frota defensiva aérea, zarpando!
O comandante da força de defesa aérea gritou, montado sobre sua própria aeronave.
— A primeira e a segunda frotas devem proteger palácio real em todas as direções! A quarta deve se apressar em seguir para a capital Phozon!
Cinco minutos atrás, um sinal de alerta foi levantado da torre de vigia. O sinal significava que unidades aéreas não identificadas estavam se aproximando e agora, eles confirmaram o visual de uma única aeronave.
Quando as cores do céu e a terra se misturaram em uma sob o crepúsculo, a força de defesa aérea subiu no ar.
Com uma base de metal feita de [Pedra de Dragão], aço, prata, latão e outras ligas de metal similares, as aeronaves de assento único do tipo ornitóptero de Garbera foram modeladas com base nas grandes águias marinhas que habitam a a costa da nação. Do bico até a ponta da cauda, eles tinham aproximadamente três metros de comprimento e a envergadura total de suas asas de alta velocidade era de cerca de sete metros. Os pilotos tiveram seus assentos construídos onde as garras da águia estariam enquanto giravam no céu.
Rudy: Um Ornitóptero é uma espécie de planador capaz de voar batendo as asas como um pássaro.
No entanto, como o inimigo planeja atacar com uma única nave?
Enquanto o comandante da força de defesa aérea levantava suas suspeitas, uma silhueta negra se aproximou do outro lado da encosta. A unidade desconhecida tinha um design que fazia o piloto deitar-se com a barriga diretamente sobre o casco durante o voo. Além disso, não era um ornitóptero, mas sim de uma nave com uma hélice traseira e um leme controlando sua direção enquanto avançava por propulsão. Este era um tipo de aeronave construída com foco na velocidade.
Espere, este não é um dos nossos?
O comandante encarou a nave desconhecida com os olhos semicerrados. Garbera destaca-se na arte de refinar fósseis de dragões em um metal sem peso – o então chamado [Pedra do Dragão] – e no desenvolvimento de pequenas aeronaves, com suas variantes.
— Pare!
— Não se aproxime mais do que isso!
Apesar das demandas dos soldados da força de defesa aérea, a unidade que se aproximava não mostrou qualquer sinal de que diminuiria sua velocidade. Ela acabou passando pelo aeronave do capitão da terceira frota por um fio de cabelo e, ao perder o balanço devido ao movimento descuidado, a tensão da frota se elevou por causa da colisão iminente.
— NÓS LHE MANDAMOS PARAR!
— SE NÃO SEGUIR A ODERM, ABRIREMOS FOGO!
Uma nave bloqueou o caminho da unidade que se aproximava, enquanto o restante subiu, assumindo posição de disparo à esquerda e à direita. O próprio comandante estava prestes a colocar o dedo no gatilho conectado à metralhadora, quando...
— Obrigada pelo trabalho duro de vocês.
De repente, uma voz o chamou.
Era a voz de uma mulher... ou, mais precisamente, de uma menina, fazendo-o levantar imediatamente o dedo do gatilho.
As duas aeronaves estavam prestes a passar uma pela outra, quando de repente, um rastro de cor platina o distraiu. Foi então que ele percebeu se tratar dos cabelos compridos do piloto pairando ao vento...
— Princesa!?
O comandante não pôde deixar de levantar a voz.
— Desculpa, mas estou com pressa.
A resposta curta veio com mesma voz de antes e então, ela se foi.
Todos da terceira frota se encararam com a mesma expressão estupefata. Pouco tempo depois, um par de asas se abriu na aeronave ao lado da cabine do pilo e eles só conseguiram perceber que ela estava descendo constantemente.
— Comandante?
— Descansar.
O comandante da força de defesa aérea já estava na casa dos quarenta e tinha uma filha que recentemente fez catorze anos. A mesma idade da terceira princesa de Garbera, Vileena.
Catorze anos...
Para ele, parecia que não havia passado muito tempo desde que assistiu aos primeiros passos cambaleantes de sua filha. Mas o mundo já a via como um membro adulto da sociedade e, caso ela se casasse e começasse a ter filhos nessa idade, ninguém pensaria nisso como estranho.
— Liguem para a quarta frota. Eu preciso voltar ao meu posto para escrever no relatório: hoje, não vimos nada além de um céu pacífico.
◇◇◇
Um homem olhava fixamente para a lua através da janela. Sentado na cama, embora seus traços, expostos pela luz pálida, se aproximassem dos limites da idade, a graça e austeridade que ele parecia possuir permaneciam fortes.
— Bem que achei que estava estranhamente barulhento hoje à noite. Quem iria imaginar que seria você?
Ele falou as palavras enquanto olhava para a lua.
— Infelizmente, a culpa é toda minha.
A resposta veio do lado.
Uma sombra se estendeu a partir da entrada do quarto. A cada passo que avançava, a figura foi gradualmente sendo revelada pelo luar, produzindo a aparência de uma garota.
— O meu filho não ficaria de olhos fechados se a visse assim. Em certo sentido, ele é um homem mais responsável que eu.
O velho riu enquanto olhava para a figura que se aproximava vestida com trajes de pilotagem. Embora ela ainda fosse mais criança do que mulher, a roupa a contornava perfeitamente, expondo curvas cada vez mais perigosas que pareciam amadurecer dia após dia.
A garota deixou um sorriso transparecer em seu rosto, como uma flor a desabrochar.
— Sim. Por isso, quando participei da corrida, ele se opôs a isso até o final. Embora ele tenha concordado que era um bom meio para melhorar o humor do público, entre todas as coisas, seu filho me disse que eu deveria usar roupas mais adequadas para um membro da Família Real de Garbera. Não tinha como vencer usando a bainha de uma saia tão longa me atrapalhando. Por isso tive que me contentar com o segundo lugar.
— Bem, aquele vestido também não era ruim.
Disse o rei anterior de Garbera, Jeorg Owell, enquanto sorria para sua neta irritada.
— Embora porque você ficou a um passo da vitória, eu acabei tendo uma grande perda.
— O senhor apostou em mim!?
Jeorg riu alegre ao ver os olhos da menina se arregalando.
— Com o secretário de assuntos financeiros, Wallace. Aquele seujeito... fazia anos que ele queria o meu melhor cavalo. Mas enquanto ele trabalha no palácio real, eu não fui informado de que você estaria participando da corrida de saia. Se soubesse disso, teria repreendido esse meu filho implacavelmente por deixá-lo correr assim em público.
— Então, vovô. O que o senhor queria do secretário Wallace?
— Haha... bem, o que era mesmo?
— Se não estou enganada, o secretário Wallace é famoso por causa de sua coleção de bebidas, não é?
— Há isso também. Hmm... no entanto, ele também é famoso pelo seu bom gosto por mulheres.
— Oh?
— Quando visitamos a mansão de Wallace, a filha do camareiro que trabalhava lá… Bem, embora seja a filha dele, ela já era uma mulher feita que voltou para a casa dos pais aos trintas anos de idade. Apesar disso, sua beleza é inegável. Então, eu imaginei que, se conseguisse que a moça trabalhasse neste meu lugar isolado, era provável que minha vida se tornasse um pouco mais digna de ser vivida.
— Vovô...
A terceira princesa de Garbera, Vileena, estufou as bochechas e, apesar de ter se certificado de fazer um olhar repreendedor para seu avô, os dois caíram imediatamente na gargalhada.
As cortinas banhadas pela pálida luz da lua tremulavam levemente com o vento quase imperceptível que existia. De repente, Vileena se agachou perto da cama e segurou firme a mão do avô. Ela apertou o rosto contra ele, com seus pequenos ombros tremendo.
— Vileena... qual o problema? Você está agindo feito uma criança.
— Não... Não, eu…
Ela fechou as pálpebras, repetindo sua negação e tentando freneticamente resistir às emoções que brotavam por dentro do que estava remoendo em sua mente.
Ele está tão pequeno. — Ela pensou, enquanto colocava o rosto naquela mão fina e indefesa.
Seu avô era conhecido na sua juventude pela bravura. Subjugando os clãs locais mais fortes, um por um, ele havia empurrado esse país chamado Garbera até o ponto onde não perderia para as outras grandes potências.
No passado, seus territórios tinham sido invadidos pelas nações mais antigas de Ende ou Mephius diversas vezes, e seu povo havia passado por dificuldades e o exílio sob seus domínios. Agora, todos elogiaram a bravura de Jeorg Owell por, apesar de sua curta história, produzir um país unido que não era inferior a qualquer uma daquelas nações estrangeiras.
Desde jovem, Vileena se apegara ao avô. Ele ainda tinha uma forte influência, mesmo depois de abdicar ao trono, e embora seu filho, o pai de Vileena, pensasse que ele era uma existência astuta e problemática na qual ainda não podia deixar de contar, para Vileena, ele não era ninguém mais do que um avô gentil.
Tantas vezes ela veio visitá-lo em sua propriedade, indo ao rio para pescar ou nadar juntos, e quando os dias escureciam, passava a noite toda simulando campanhas de guerra na mesa do conselho.
Ao contrário do pai, seu avô não se zangou quando Vileena brincou com uma espada e escudo de madeira, permitiu que ela fizesse duelos com as crianças para brincar, deixá-la andar a cavalo e cultivou seu interesse em aeronaves. Em vez de repreendê-la, ele a instruiu cuidadosamente sobre essas coisas em detalhes.
Mas, acima de tudo, durante o inverno, seu avô se sentava perto da lareira, colocava-a em seu colo e contava histórias sobre guerras, sobre negociações com outros países, sobre os muitos clãs poderosos em Garbera e como evitar as faíscas dos conflitos que poderia levar o reino a uma guerra civil — Vileena tornou-se viciada nessas histórias.
E toda noite que ela escutava o seu avô falar, ela sonharia na cama quando se deitasse.
Em pé, no topo de uma aeronave, vestindo uma armadura brilhante e tendo em vista à sua frente valentes cavaleiros, prontos para seguir ao seu comando. O jovem coração dela estava colorido de emoção quando ela se imaginou um dia entrar no campo de batalha, lutando ao lado de seu avô.
No entanto, desde o inverno, a saúde dele, que antes era robusta, deteriorou-se até que ficou acamado. Sempre que Vileena vinha visitá-lo, ele tinha um sorriso no rosto que não era diferente de antes, mas os dois já não podiam mais andar a cavalo ou pilotar aeronaves juntos. E então, cinco anos atrás, aconteceu algo que deu o golpe final ao avô.
— Levante a cabeça.
Instigada pelas palavras dele, Vileena assustada fez o que lhe fora dito. Como se lutando contra as lágrimas, seus olhos brilhavam intensamente sob o brilho da lua.
O rosto de Jeorg franziu.
— Entendo, eu realmente estou velho. Não é você a menina moleca prestes a se casar em uma semana? A mesma menina que precisou de tão pouco tempo para pisar no meu jardim e destruir meu canteiro de flores premiado como um dragão vil e selvagem?
— V-vovô…
— Entretanto, você me surpreendeu muito naquele dia. Eu sei que você já esteja farta desta história, mas é algo a ser lembrado em todo país. Cinco anos atrás, quando um grupo de rebeldes tomou de assalto esta propriedade, você não recuou um único passo e tentou combatê-los magnificamente para me proteger, enquanto eu estava ferido na cama. Todos aqui me disseram que se você ao menos tivesse nascido como menino. No entanto, eu não penso assim. Vileena, você é uma digníssima dama, o orgulho de Garbera. Nenhum dragão ou campeão, nada que seja feito de ouro pode se comparar a ti. Você é meu orgulho.
Jeorg segurou gentilmente com as duas mãos, as bochechas coradas de Vileena.
— E esta neta está prestes a se casar. Que tipo de criança ela dará à luz no futuro, eu me pergunto. Nunca tive qualquer arrependimento nesta minha vida e me orgulho muito disso. Mas se fosse para listar algo que eu gostaria de mudar caso pudesse, haveria apenas um… que é não poder vê-la segurando uma criança com meus próprios olhos...
— O que o senhor está dizendo! Esta noite não precisa ser uma despedida!
Disse Vileena, forçando um tom brilhante e um sorriso.
No entanto, ela já sabia a verdade. Seu avô estava acamado há muito tempo e ele não deixava mais sua propriedade. Dentro de alguns dias, ela deixaria o país por conta própria e por isso tinha vindo aqui dar o seu adeus final.
O sorriso dela imediatamente se desfez e Vileena voltou a abaixar a cabeça. Arqueando as suas sobrancelhas, a raiva nublou sua linda face.
— Vovô, eu não quero ter de sair para me tornar a esposa de alguém. Não quero deixar o meu avô do lado. Eu odeio tudo isso, mas mesmo assim... De todos os lugares, por que tinha que ser logo Mephius!
Por um momento, o rosto da princesa moleca, que era amada por todo o país, parecia o de uma moça comum que estava prestes a se casar, com uma pitada sincera de tristeza. Contudo...
— Essa é uma nação de bárbaros! É óbvio que a rebelião que levou o senhor a ser ferido por esses traidores foi armada por Mephius! Se pelo menos o meu pai não fosse um covarde e me permitisse, na noite nupcial, eu rapidamente abriria a garganta do meu marido!
— *Cof-cof* Vileena… *cof-cof*
Mesmo o destemido Jeorge foi pego de surpresa e acabou tossindo de maneira irregular. Embora isso também resultasse em uma personalidade brava o suficiente para visitar seu avô dessa maneira brusca, ela havia sido, em algum ponto de sua maneira de pensar, influenciada pela parte rebelde e antiquada de seu avô durante a juventude.
— Batalhas nem sempre significam haver o derramamento de sangue, e a vitória nem sempre é obtida sobre o cadáver do oponente. Você tem um coração gentil, Vileena e por isso eu sei que já percebeu isso há muito tempo. Mesmo pessoas comuns travam batalhas constantes em suas vidas cotidianas. Embora possa parecer nada comparado aos meus dias de glória do passado, obter tempos de paz também é uma vitória em si.
— …
— Mephius é um país antigo, muito, muito mais antigo que o do seu pai. E pode parecer um pouco rigoroso, mas se for você, tudo ficará bem. Porque, onde quer que esteja, você sempre será a minha Vileena.
— Sim, o senhor está certo… Eu agora compreendo.
Quando Vileena levantou a cabeça pela segunda vez, as lágrimas já haviam desaparecido. A lua iluminando suavemente os contornos de seu rosto sorridente convidou seu avô a sorrir também.
— De fato, esta batalha ainda não acabou. Nem todos os soldados pegam em espadas ou lanças. Eu também sou uma guerreira deste tipo, certo?
Os olhos de sua neta brilhavam, fazendo com que ele sentisse a sugestão de algo desagradável.
— Sim, não derramarei sangue, nem pedirei ao povo de Garbera que faça isso por mim. Para esta nova batalha, eu, Vileena Owell, assumirei o desafio! Vou investigar o verdadeiro estado das coisas em Mephius, descobrir suas fraquezas, e usarei todos os meios necessários! Portanto, espere por mim, vovô e eu lhe trarei as boas novas de nossa vitória!
Sua neta de quatorze anos se levantou de repente, deixando Jeorg boquiaberto.
De uma jovem inocente que logo se casaria, ela de se transformou em um cavaleiro seguindo para o campo de batalha antes que ele percebesse. Enquanto observava como ela estava fervendo de excitação, com suas bochechas coradas e o sangue fervendo, ele pensou que, em certo sentido, era realmente assim que conhecia a sua neta.
Se gostou do capítulo, compartilhe e deixe seu comentário!