Capítulo 3
Para perder peso, limitar o número de calorias consu...
NÃO! TUDO DEPENDE DE EXERCÍCIOS!
Após me acostumar a correr um pouco, seria a hora de tentar fazer algum esporte.
Tendo me decidido, comecei pelos alongamentos. Cuidados com o corpo é o mais importante quando se fala em exercícios, então tentei me alongar e descobri que este corpo era bem flexível, sim, muito flexível.
Então todo meu alongamento foi suave.
Yo, yo, to. Um. Meu corpo se moveu exatamente como eu queria? Com tamanho potencial sem ser trabalhado, mas que desperdício! Eu não queria machucar meus joelhos, então, para o primeiro dia, seria apenas uma leve caminhada. Mas como esperado, meu estado era bem promissor.
Tomei uma pausa após uma hora de caminhada, mas com meu humor ainda elevado, o sentimento de querer continuar a me mover persistia.
Mas, isso seria tudo por hoje. Depois de finalizar meu pós-aquecimento e alongar mais uma vez, tomei um banho refrescante.
— Olá Tou-sama. — cumprimentei com energia ao passar por meu pai.
Ele mostrou uma expressão vazia. Pensando bem, nunca fui tão energético assim antes. O meu “eu” anterior estaria, neste exato instante, comendo doces.
Após me exercitar, fiquei com sede. Usualmente, eu tomaria um pouco de limonada com toneladas de mel, sem a menor hesitação, mas, hoje, peguei um pouco de água do poço e a bebi.
*Puha*, que sensação prazerosa e refrescante.
Água pura, sem qualquer impureza, era, como esperado, deliciosa. Sendo abençoado com belezas naturais mas não sabendo como aproveitar isso, que desperdício.
— Jovem mestre, se o senhor tivesse nos pedido, teríamos buscado sua água com todo o prazer. — disse Mary, a empregada, assim que me viu tirando água do poço.
— Não precisa, eu mesmo posso fazer isso. Sempre causo problemas para você, então, por favor, deixe que tomo conta disso.
— Não, não seria problema algum. — disse Mary, fazendo uma careta, parecendo ter tomado um balde de água fria.
Agora que parei para pensar, tive a sensação de que era a primeira vez que demonstrei alguma consideração por qualquer uma das empregadas.
Nosso território Helan era famoso por suas belezas naturais. Uma terra vasta e de vegetação abundante, com mais de dez jardins naturais florindo dentro dele.
O pai de nossa pátria, o primeiro Rei, disse que ‘Quando morrer, eu quero ficar aqui’, expressando seu amor por estas terras. No entanto, são poucas as pessoas que amam as belezas naturais hoje em dia.
Nos últimos anos, o número de pessoas que visitava nosso território vinha diminuindo sem parar; e mais, não tínhamos nenhum produto local. Residentes se mudam para outros territórios quando enfrentam tempos de crise financeira, assim sendo, nosso território entrou em um declínio progressivo.
Estaria tudo bem se recebêssemos auxílio do Rei mas, infelizmente, nossa casa não possuía este tipo de conexão.
Bem, vou pensar em um modo de resolver isso. Mas, primeiro, tenho que cuidar de minha própria aparência. — pensei.
Acabei com bastante tempo livre após os exercícios. Normalmente, poderia... o que eu faria?
Acho que uma soneca vai bem...Mas não deu para dormir, minha mente ainda estava clara. Como não achei nada melhor para fazer, fui para nossa biblioteca.
Foi minha primeira vez visitando o local.
A razão pela qual chamei isso de biblioteca era por este lugar ser tão grande que faria qualquer um se sentir pequeno. Uma construção com três andares, lotados de livros alinhados em prateleiras. Cada andar era tão grande, que parecia ser um lugar perfeito para brincar de esconde-esconde... mas que grande biblioteca!
— Veja só se não é o jovem mestre. Bem-vindo aos arquivos. — disse Modan, o gerente da biblioteca, aparecendo no segundo andar — como você está hoje?
Eu sabia sua aparência e seu nome, mas não fazia a menor ideia sobre que tipo de pessoa era.
— Ei, Modan-jii. Hoje minha mente está bastante ativa. Tem algum livro interessante aqui?
— Hmm, mesmo você falando isso… no que está interessado? Aliás, meu nome é Moran.
— Ah, foi mal, Moran-jii — seu nome era Moran, eu não fazia ideia. — Hmm… Tem algo que seja relacionado a magia?
— Um livro de magia? Bem, logo logo o senhor começará a aprender isso na Academia, mas não há mal algum em já ir conhecendo a base de tudo. — após dizer isso, Moran-jii desapareceu na biblioteca e reapareceu algum tempo depois. — Aqui, este é um livro fácil de ler. O conteúdo fala principalmente sobre introdução à magia, tudo está escrito de forma simples. É o ideal para construir sua base. Caso esteja interessado, no verso também há uma seção de aplicação de magia. — terminando de falar, Moran-jii jogou o livro do segundo andar.
De alguma forma consegui pegá-lo, mas esse velho era mais bruto do que parecia.
Livro I – Introdução, por Chris Helan.
Huh? O autor se chama Helan. Será que é um ancestral meu?
O conteúdo do livro era exatamente como Moran-jii disse, muito fácil de entender. Em três horas do meu primeiro dia, já fui capaz de extrair um pouco de mana. No próximo dia estudaria como mudar as propriedades dela.
De noite, a comida alinhada na mesa pareceu mais deslumbrante que o normal. Neste momento, experimentei a sensação de fome pela primeira vez em minha vida. Afinal, eu estava sempre comendo. De carnes a vegetais, tudo isso foi colhido fresco em nosso território. Peguei um punhado de cada coisa para balancear minha refeição.
— Querido, você agiu de forma estranha durante o dia todo, mas continua sendo o mesmo Kururi-chan — disse minha mãe com uma expressão de alívio.
— Obrigado pela comida, estava deliciosa. — agradeci às empregadas enquanto bebia, não o suco de maçã com mel de sempre, mas, sim, um pouco de água fresca.
— Parece que bater a cabeça deixou algum efeito colateral. — ao me ver tomando água, a expressão de minha mãe voltou a demonstrar preocupação.
Fui para o banho com vista para um lindo canteiro de flores. Depois, entrei em minha excessivamente larga cama. Uma prazerosa e luxuosa vida. Caí no sono com um humor satisfeito.
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